O trabalho temporário, no formato da lei federal número 6.019/74 e do decreto nº 10.060/2019, alcançou resultados expressivos nos primeiros meses de 2021, o que demonstra a força que a modalidade vem ganhando, ano a ano, e seu importante papel na geração de vagas formais e no combate ao desemprego no país.
Segundo a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem), o próximo trimestre também deve ser de crescimento, mas sem a ocorrência de picos de contratação, como verificou-se no mês de agosto de 2020. “Diante das inseguranças que a pandemia ainda gera na economia, precisamos ser cautelosos. Mesmo assim, acreditamos em um crescimento neste terceiro trimestre”, pondera o presidente da entidade, Marcos de Abreu.
Para os meses de julho, agosto e setembro, a Asserttem espera um aumento de 20% nas contratações temporárias em comparação com o mesmo período de 2020, o que representa a criação de mais de 630 mil vagas. Em 2020, o terceiro trimestre gerou 530.840 vagas temporárias.
“Lembrando que se trata de uma projeção e que os números podem oscilar, dependendo do desenrolar da pandemia de covid-19, além de outros fatores, como os climáticos por exemplo, já que a falta de chuvas pode impactar no preço da energia elétrica e na produção agrícola”, afirma Abreu.
Apesar das incertezas, o presidente da Asserttem garante que o resultado será positivo para a modalidade. “A taxa de efetivação dos temporários segue em 22% e os contratos têm durado mais do que o normal, 105 dias, em média”, comenta.
Para a Asserttem, a antecipação da vacinação da população adulta (maiores de 18 anos) em diversos estados brasileiros pode surpreender positivamente em relação à contratação de temporários. “Se em 2020 a Indústria foi quem puxou as contratações temporárias, neste segundo semestre de 2021 podemos destacar o papel do setor de Serviços”, diz.
“Talvez este seja o ano deste setor, principalmente no que se refere aos Serviços Pessoais, como hotéis, empresas de aviação, salões de beleza, clínicas médicas, que com a retomada das operações devem voltar a contratar”, explica o presidente da associação.
Porém, Abreu frisa que o setor da Indústria ainda segue com a maioria dos trabalhadores temporários. “O setor de Serviços vem apresentando um crescimento maior nas contratações, mas não na totalidade das vagas”, ressalta.
“Além disso, diferente do ano passado, o setor do Comércio também pode surpreender assim que as pessoas voltarem a circular nos comércios de rua e shoppings. E será uma surpresa positiva, caso aconteça o que esperamos por meio da retomada da economia”, conclui.