O ano de 2021 chegou ao fim registrando 4.187.060 milhões de movimentações suspeitas no Brasil. De acordo com o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, esse número mostra um aumento de 16,8% em relação ao acumulado de 2020, quando o índice registrou 3.583.911 ataques, aporte de 63.149. Os dados do ano passado ganham destaque por serem os mais expressivos de toda a série histórica, iniciada em 2011.
Além disso, o segmento de Bancos e Cartões foi o principal foco dos golpistas, marcando 2.363.170 tentativas de fraude, outro número recorde que representa um crescimento de 33,3% na comparação com o acumulado anual do ano anterior. Ainda no comparativo desse período, apenas os setores de Serviços (622.697) e Telefonia (148.425) tiveram baixas com -3,8% e -44,0%, respectivamente.
O setor de Financeiras (746.000) cresceu 11,6% e o de Varejo (306.768) avançou 33,4%. De acordo com o diretor de Soluções de Identidade e Prevenção a Fraudes da Serasa Experian, Jaison Reis, os avanços tecnológicos impulsionados pela pandemia são em sua maioria positivos, mas também trazem consequências para os consumidores.
“O aumento das transações online em 2021 e os diversos novos serviços que passaram a ser oferecidos digitalmente são um prato cheio para os golpistas. Por isso, uma tentativa de fraude acontece no país a cada sete segundos. Dessa forma, é preciso que a população tenha cada vez mais atenção aos dados que compartilham, aos sites que acessam e nas novas modalidades de golpes que surgem todos os dias”, diz.
“A prevenção e o cuidado com as informações pessoais ainda são as formas mais eficazes para evitar fraudes”, emenda. O recorte por idade mostra que, ainda no acumulado anual de 2021, os consumidores que possuem entre 36 e 50 anos foram os que mais sofreram ataques, registrando 1,5 milhão. Aqueles de 26 a 35 anos marcaram 1,1 milhão.
Na sequência temos as pessoas de 51 a 60 anos (587.791), os mais jovens de até 25 anos (477.512) e a parte da população com mais de 60 anos (461.737). Na análise por região o destaque fica para o Sudeste, com 2,1 milhões de movimentações suspeitas sinalizadas. Em ordem decrescente estão: Nordeste (726.761), Sul (651,416), Centro-Oeste (375.005) e Norte (250.691).