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Ovos de chocolate ficam 14% mais caros no país 

Consumo deve crescer até 12% estimulado por emprego, renda e estratégias do varejo, diz Abras  (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O setor supermercadista projeta um aumento entre 8% e 12% no consumo durante o período da Páscoa 2025, mesmo diante de um cenário marcado por alta de preços nos principais produtos típicos, que registram, em média, elevação de 12,5% em relação ao ano anterior. Esse crescimento é sustentado por uma combinação de fatores econômicos e estratégias comerciais adotadas pelo varejo.  
 
Os dados são da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A Semana Santa começo no Domingo de Ramos, 13 de abril, passa pela Sexta-Feira da Paixão (18) e Sábado de Aleluia (18) e termina no Domingo de Páscoa (20), que marca o fim da quaresma para os católicos 
 
Entre os principais fatores dessa expansão, destacam-se a recuperação do mercado de trabalho com avanço dos índices de emprego formal e o aumento da renda média das famílias. “Apesar da pressão inflacionária observada nos itens sazonais, o cenário aponta para uma Páscoa de consumo aquecido”, diz o vice-presidente da Abras, Marcio Milan. 
 
O equilíbrio entre renda disponível e ações comerciais bem estruturadas deve garantir o bom desempenho do período, reafirmando a data como uma das mais relevantes para o consumo das famílias”, analisa. Os preços dos ovos de chocolate e produtos relacionados (bombons, mini ovos, coelhos e barras) registraram aumento médio de 14%.  
 
Já as colombas ficaram 5% mais caras. Entre os produtos importados, a elevação foi, em média, de 20%, com destaque para o azeite (18%), bacalhau (10%) e vinhos importados (7,5%). Nas bebidas, também foram observadas altas nos preços da cerveja (5%), refrigerante (6%) e vinho nacional (7%).  
 
Para enfrentar o desafio imposto pelos preços mais elevados, o varejo aposta em diferentes frentes para estimular o consumo. Cerca de 65% das redes supermercadistas indicam que irão oferecer promoções específicas para a data. Além disso, metade do setor reforçou parcerias com indústrias e fornecedores, garantindo maior variedade e condições competitivas para itens como ovos de chocolate, colombas e produtos de confeitaria.  
 
A ampliação da oferta de marcas próprias também ganha relevância, representando aproximadamente 20% do mix relacionado à Páscoa, especialmente nas categorias de ovos de chocolate e panificados, como alternativa de menor custo sem renunciar à qualidade. No ambiente físico, 53% dos estabelecimentos mantêm a tradição das clássicas “parreiras de teto”, reforçando a atmosfera sazonal.  
 
Paralelamente, o e-commerce consolida-se como um canal estratégico, presente em 30% das redes. A expectativa é que 51% do abastecimento dos lares para a Páscoa se concentre na última semana antes da data, com destaque para o sábado que antecede o feriado, responsável sozinho por 20% do fluxo nas lojas. 
 

 

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