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Outubro Rosa – Teatro mantém cor rosa até esta quinta

GUILHERME SIRCILI

Quem passar pelo Quartei­rão Paulista, no Centro Histó­rico de Ribeirão Preto, até esta quinta-feira, 7 de outubro, verá a fachada do Theatro Pedro II iluminada de cor-de-rosa. A iniciativa tem o objetivo de apoiar a campanha Outu­bro Rosa, para conscientizar e alertar as mulheres e toda a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama e do colo de útero.

A iluminação especial será desligada na sexta-feira (8). “É um tema que merece destaque e iluminar o Theatro Pedro II ajudará reforçar a importância dos cuidados com a saúde da mulher”, explica Nicanor Lo­pes, presidente da Fundação Dom Pedro II. A campanha foi criada na década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, em uma movimen­tação internacional de cons­cientização para o controle do câncer de mama.

Cerca de 13% dos casos de câncer de mama em mulheres com mais de 30 anos pode­riam ser prevenidos por meio de atividade física, aleitamento materno, pela não exposição ao consumo de álcool e pelo não excesso de peso, revelou pesqui­sa divulgada nesta sexta-feira (1º), na internet, pelo Instituto Nacional de Câncer José Alen­car Gomes da Silva (Inca), du­rante cerimônia de lançamento da campanha Outubro Rosa, pelo Ministério da Saúde.

Os resultados mostram que pelo menos R$ 102 milhões gastos no Sistema Único de Saúde (SUS) poderiam ter sido evitados pela não exposição aos fatores de risco. No ano passado, mais de 2,3 milhões de mulheres em todo o mun­do tiveram câncer de mama, o tipo que mais acomete a po­pulação feminina e mais mata. Ele representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neopla­sias diagnosticadas, segundo o Inca. No Brasil, em 2020, cerca de oito mil casos tiveram rela­ção direta com os fatores com­portamentais citados.

Em 2018, o estudo mostrou que o gasto com tratamento da doença no SUS ultrapas­sou R$ 813 milhões, dos quais os quatro principais fatores de risco representaram 12,6% de todo o custo, ou o equivalen­te a R$102,5 milhões. A ina­tividade física correspondeu à maior fração do valor total (4,6%), seguida pelo não alei­tamento materno (4,4%), ex­cesso de peso (2,5%) e consu­mo de bebida alcoólica (1,8%).

A prevenção do câncer de mama, de acordo com o instituto, passa pela alimen­tação, que deve ser à base de alimentos in natura. “Estamos falando de frutas, legumes e verduras, arroz, feijão, semen­tes. Isso deve compor a base da nossa alimentação e devemos evitar alimentos ultraprocessa­dos, ou seja, aqueles alimentos prontos para aquecer e prontos para consumir, além de evitar o consumo de álcool.

Mortalidade
Em 2019, o Brasil registrou 18.068 mortes por câncer de mama. O Inca estima que até 2030 haverá estabilidade das taxas de mortalidade para mu­lheres na faixa etária entre 30 e 69 anos, mas a projeção ainda está bem distante da meta de 30% de redução estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Os Objetivos do Desenvolvimento Sus­tentável preveem, até 2030, reduzir em um terço as mor­tes prematuras por doenças crônicas não transmissíveis, entre elas, o câncer.

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