Valdir Avelino *
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O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis abriu as portas da sua sede para receber um significativo evento que marcou, em mais um ano, a adesão da entidade ao Outubro Rosa; campanha mundial realizada para alertar sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. O evento, realizado em parceria com o Sassom (Serviço de Assistência à Saúde dos Municipiários), teve como objetivo compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença, mostrando a importância dos exames preventivos, do acesso aos diagnósticos e dos tratamentos na batalha para a redução da mortalidade.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres em todo o mundo, representando quase um terço dos casos da doença. No Brasil, as estimativas do Inca apontam que dezenas de milhares de mulheres desenvolverão esse tipo de câncer. É por isso que todo ano o nosso Sindicato se une com o conjunto da sociedade em torno de campanhas de conscientização sobre a prevenção e o tratamento do câncer de mama. A finalidade do Outubro Rosa é justamente levar informação e conscientizar todas as mulheres para que o diagnóstico seja precoce, para que tão logo se percebam os primeiros sinais, a mulher procure o tratamento. É nessa fase que ela pode ser curada, evitando a evolução da doença, que pode levar à morte.
O direito à vida é uma prioridade constitucional, e o primeiro passo para ser garantido é através de políticas públicas de saúde, pelo fortalecimento do serviço público, o SUS. Eu não tenho dúvida de que cortes nas políticas públicas de saúde, desmonte e desvalorização do serviço público, dificultam ainda mais a oferta e acesso ao serviço para todas as brasileiras e brasileiros.
A luta contra a mortalidade provocada pelo câncer de mama é parte da mesma luta em defesa do fortalecimento do serviço público. Como foi dito, entre as mulheres, o câncer de mama é o que tem mais incidência no Brasil, com 30% dos casos. E, sem os recursos para o funcionamento do sistema público, haverá dificuldades em se obter o diagnóstico e o tratamento precoce indispensáveis. Dessa forma, não é errado afirmar que governos que não investem, nem valorizam o serviço público, praticam uma política de desprezo à vida, em especial das mulheres.
* Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis