Tribuna Ribeirão
Geral

Outra lhama nasce em RP

FERNANDO GONZAGA/CCS

O Bosque Zoológico Mu­nicipal Doutor Fábio de Sá Barreto ganhou uma nova moradora no último dia 6 de junho. Trata-se de uma lhama fêmea que veio ao mundo com 15 quilos. A mãe, apelidada de “Julinha”, também nasceu no zoo de Ribeirão Preto há dois anos, em junho de 2019.
Essa é a segunda gera­ção de lhamas que nasce no zoológico de Ribeirão Preto nos últimos anos, começan­do com a chegada do macho “Bob”, em 2015, transferido do zoo de Bauru, e da fêmea “Mi­riã”, transferida do zoológico de Pomerode, em 2019.

As lhamas são mamíferos ruminantes da família dos ca­melídeos, se alimentam princi­palmente de capim e grama e são originárias da América do Sul, da Cordilheira dos Andes. A sua maior população vive na Bolívia. Apesar de serem animais dóceis, eles costumam se irritar facilmente, espirran­do uma espécie de muco em quem os irrita.

Lhamas medem um pou­co mais de 1,40 metro de al­tura e podem pesar até 150 quilos, além de viver uma média de 24 anos quando mantidas sob cuidados hu­manos. Ao se reproduzirem, nasce geralmente um único filhote de até 11 quilos, após uma gestação de onze meses.

“O nascimento de animais silvestres em ambiente controla­do requer muitos esforços e co­nhecimento técnico nas áreas de manejo e nutrição, motivo que nos envaidece muito quando conseguimos êxito na reprodu­ção da espécie, ainda mais quan­do acontece pela segunda vez”, orgulha-se Alexandre Gouvêa, zootecnista e chefe do Bosque Fábio Barreto.

A mais nova moradora já pode ser vista no recinto de ex­posição com os outros animais da mesma espécie. Ainda não tem nome. Nesta fase transição do Plano São Paulo, o Bosque Fábio Barreto atende presen­cialmente de quarta à sexta­-feira, das nove horas às 16h30, com diversas medidas de segu­rança para evitar a propagação da covid-19. Fecha aos finais de semana e feriados.

A reabertura foi considera­da em etapas, com as áreas de menor risco sendo retomadas inicialmente (áreas abertas de visitação) em maio e as áreas mais complexas posteriormen­te (Aquário e Terrário). Sendo assim, os prédios do Aquário e Terrário estão fechados ao público por serem setores que não estão ao ar livre.

No recinto, há distribuição de totens com álcool em gel ao longo do percurso de visitação e áreas técnicas para assepsia das mãos. Há, ainda, Estações de Educação Ambiental alo­cadas na entrada (recepção) e no interior para orientação dos visitantes e promoção da edu­cação ambiental.

Também foram providen­ciadas demarcações de solo in­dicando o distanciamento segu­ro de dois metros para o público, a fim de evitar aglomerações no percurso de visitação. A admi­nistração do parque recomenda aos visitantes o uso de garrafas de água individuais, já que o uso dos bebedouros públicos está suspenso no interior do Bosque Fábio Barreto.

O local fica na rua Liber­dade s/nº, no bairro Campos Elíseos. Agendamentos e mais informações podem ser solici­tados pelos telefones (16) 3636- 2283 e 3636-2513. A entrada é franca. O zoológico tem cerca de 830 animais de 156 espécies sob seus cuidados. O Bosque de Ribeirão Preto está localiza­do no Parque Municipal Mor­ro do São Bento, um espaço de lazer com 250.880 metros quadrados de muita área ver­de com Jardim Japonês, lagos, flores, quiosques, pontes, ala­medas para caminhadas e um mirante de 45 metros de altura.

No local existem 30 espé­cies de primatas, felinos e roe­dores, entre eles pumas, onças, capivaras, cervos, antas, saguis, micos raros e os divertidos ma­cacos-prego. No setor de rép­teis faz sucesso o Terrário com suas serpentes peçonhentas e não peçonhentas (sem veneno) e lagos com tartarugas, lagartos e jacarés em extinção, como o jacaré-de-papo-amarelo.

Já no Aquário existem pei­xes brasileiros de várias espé­cies, raias e lontras. Também há aves de todos os tipos, como araras e tucanos. Desde 2011, os animais do Bosque Fábio Barreto recebem presentes em comemoração ao Natal. Neste ano não deve ser diferente.

O Bosque Fábio Barreto atende cerca de três animais res­gatados e feridos por dia. Essa também é a média anual, segun­do dados do projeto “Uma nova chance”. A maioria deles é vítima da própria ação humana, como as queimadas. Informações so­bre bichos silvestres feridos ou perdidos podem ser passadas para o Corpo de Bombeiros (telefone 193), Polícia Am­biental (3996-0450) e do zoo­lógico (99969-2728).

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