A dois dias do segundo turno das eleições, o candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, usou ontem (26) as redes sociais para pedir que os eleitores não se de deixem guiar pelo “ódio e pela mentira”. Prometeu ainda “corrigir erros e retomar acertos”. Em tom de otimismo, afirmou: “Vamos virar essa eleição”.
“Sou um professor que vive de salário, com 18 anos de serviços prestados ao Brasil. Vamos virar essa eleição, corrigir os erros e retomar os acertos. O ódio não vai levar o Brasil a lugar nenhum”, ressaltou.
Meio ambiente
Em resposta a setores do agronegócios, Haddad defendeu que não é preciso “derrubar mata pra ampliar a produção” .“Meu programa de governo prevê desmatamento líquido zero. O que pode ser desmatado estará de acordo com a legislação e, em contrapartida, outras áreas serão reflorestadas”.
Para o candidato do PT, a possibilidade de fusão dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, levantada por apoiadores do adversário dele Jair Bolsonaro (PSL), pode “falir agronegócio brasileiro”. “Se o Brasil não estiver nos acordos sobre o meio ambiente, os outros países não vão comprar do agronegócio brasileiro.”
Fake news
Reproduzindo uma reportagem publicada no jornal Valor Econômico, que mostra pesquisa da empresa Atlas Político sobre eficácia de fake news que indica que mais de um terço do eleitorado afirma acreditar em duas notícias falsas contra o PT, o que representa ameaça à democracia.
“[É um] gravíssimo atentado contra nossa democracia. E nosso adversário segue tentando manipular a vontade do povo com mentiras e desinformação. Não vai conseguir.”
Mais uma vez, Haddad cobrou de Bolsonaro a participação em debates. “O povo vai acordando para o tiro no escuro que é Bolsonaro. Ele chama de estratégia não ir aos debates. Eu nunca vi alguém que se diz do Exército dizer que a estratégia é se esconder, fugir. Ele não honra nem as Forças Armadas, que diz pertencer.”