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Otan acusa Rússia de ‘iludir o mundo’

STRINGER/REUTERS

Aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) acusaram a Rússia de iludir o mundo e disseminar “desinformação”, ao afirmar que parte de suas forças estão retornando para bases perma­nentes, e de, na verdade, ter deslocado mais sete mil sol­dados para a turbulenta região fronteiriça com a Ucrânia.

Em meio a temores de que a Rússia invada o país vizinho, as tensões ganharam força nes­ta quinta-feira na linha que separa as forças ucranianas de separatistas apoiados por Moscou no sul do país, com as partes envolvidas acusan­do ambos os lados de lança­rem bombardeios.

Após uma série de sinais russos positivos que reduziram a temperatura da crise dias atrás, o pêndulo parece es­tar oscilando para a posição oposta de novo. Com mais de 150 mil soldados posicio­nados a poucos quilômetros da fronteira com a Ucrânia, o Kremlin propôs a busca de soluções diplomáticas.

O gesto foi bem-recebi­do pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stol­tenberg, mesmo que ele e outros tenham alertado so­bre não haver sinais claros de retirada de tropas russas. O ministro das Forças Armadas britânicas, James Heappey, por sua vez, classificou a ale­gação sobre retirada de tro­pas como “desinformação”.

“Temos visto o oposto de alguns dos anúncios. Vimos um aumento no número de soldados nas últimas 48 ho­ras, de até sete mil”, disse o ministro de Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, antes de uma reunião da Otan em Bruxelas, ecoando o que uma autoridade dos Estados Uni­dos havia dito na quarta-fei­ra, 16 de fevereiro.

Moscou alegou várias ve­zes nesta semana que algu­mas forças estão recuando para suas bases, mas pratica­mente não forneceu detalhes que permitissem uma avalia­ção independente do tama­nho e direção do movimento das tropas, gerando dúvidas entre líderes ocidentais.

Nesta quinta-feira (17), aliados da Otan voltaram a cri­ticar as afirmações da Rússia e a alertar que estão prontos para reagir a qualquer agressão. “As consequências dessa aglome­ração em massa – quase 60% das forças terrestres da Rússia na fronteira de um país sobe­rano – gerarão o efeito oposto”, alertou Wallace.

O secretário de Estado nor­te-americano, Antony Blinken, afirma que não é possível ver o recuo das tropas da Rússia na fronteira da Ucrânia. Se­gundo ele, ao contrário do que Moscou diz, o país deve atacar o país vizinho nos pró­ximos dias.

Durante reunião do Conse­lho de Segurança da Organiza­ção das Nações Unidas (ONU), Blinken afirmou que os Estados Unidos têm informações de que a Rússia atacará Kiev, ca­pital ucraniana, e grupos espe­cíficos ucranianos. O secretá­rio ainda destaca que enviou uma carta para o ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, a fim de pro­por uma reunião presencial na próxima semana.

Em meio ao agravamento das tensões na fronteira da Ucrânia, o governo da Rússia expulsou o vice-embaixador dos Estados Unidos do país, informa o Departamento de Estado. O número dois da diplomacia americana, Bart Gorman, estava na Rússia há menos de três anos em uma viagem diplomática que ain­da não havia terminado. O visto de Gorman para a Rús­sia ainda era válido e sua ex­pulsão “não foi provocada”.

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