Tribuna Ribeirão
Cultura

Osmar Terra – Ministro quer mudanças na Lei Rouanet

FÁTIMA MEIRA

Osmar Terra tomou posse do Ministério da Cidadania, que englobou as atribuições do extinto Ministério da Cul­tura, nesta quarta-feira (2) e, em sua primeira entrevista, falou que planeja mudanças na Lei Rouanet. A intenção é fazer que todas as regiões do país recebam espetáculos fi­nanciados pela legislação.

“Temos que democratizar inclusive a Lei Rouanet. Hoje, 80% dos benefícios são para Rio (de Janeiro) e São Paulo. O Nordeste precisa ter a cultura popular, patrocínio.”

O titular do ministério que assimilou desenvolvimento social, esporte e cultura, falou que vai estudar as medidas para ampliar o número de es­petáculos e exposições em ou­tras partes do Brasil. Pela nova estrutura, cada uma destas três áreas será administrada por um secretário especial.

Nomeado para fazer a gestão da cultura, Henrique Medeiros Pires falou que as alterações na Lei Rouanet começarão por pontos que são senso comum.

“Queremos ampliar o pú­blico, queremos que o ingresso seja mais barato e o acesso para museu mais barato”, explica o secretário especial de Cultura.

Medeiros Pires afirmou que a prioridade será apoiar artistas que estão começan­do a carreira. Em relação aos que já tem projeção e fama, defende que eles façam apre­sentações para maiores pú­blicos. O secretário especial de Cultura ressalta que tudo será debatido, mas lembra que pretende incluir a mu­dança na legislação.

“Vamos aperfeiçoar ins­truções normativas que serão debatidas com a comunidade.”
Uma mudança prevista para os editais ligados a cul­tura vai na mesma linha de desconcentrar os recursos da região Sudeste. A intenção é incluir itens que forcem os espetáculos a passar por ou­tras regiões do Brasil.

“Existem alguns organis­mos bem estruturados que precisam ser direcionados. Temos a Funarte, Fundação Biblioteca Nacional”, cita o se­cretário especial de Cultura.

Outro ponto que o secre­tário especial de Cultura abor­dou foram as condições dos museus. O temor é a repetição da perda de patrimônio histó­rico como ocorreu no Museu Nacional, consumido pelo fogo em setembro do ano passado.

Um dos temores de Me­deiros Pires é que os museus são montados em prédios antigos que muitas vezes e não possuem infraestrutura atualizada.

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