O avanço da vacinação contra a pandemia da covid-19 revela que a movimentação de viajantes aumentou no país. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de atividades turísticas acumula crescimento de 49,1%. Conforme declarado pela Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (BRAZTOA), desde maio deste ano, o turismo doméstico aumentou 20% ao mês.
As decisões das famílias por viagens também incluem a preocupação com o bem-estar dos animais de estimação. Donos de pets que desejam a companhia do seu animalzinho durante as férias precisam estar atentos às orientações de segurança ao viajar com o bicho, seja no transporte aéreo ou terrestre.
Uma pesquisa comportamental realizada pela DogHero, empresa de serviços para pets da América Latina, revela o quanto as viagens estão inseridas na vida dos brasileiros. Com destaque absoluto para os destinos nacionais (50,8%), o levantamento revela a preferência dos 1.521 respondentes, que são pais e mães de pets. Muitos ainda combinam roteiros nacionais e internacionais (31,4%) e destinos internacionais (17,8%). Sobre o meio de transporte, a maioria prefere viajar de avião (72,7%), sendo que as viagens de carro (24,8%) e ônibus (2,5%) também foram consideradas.
Deixar o pet seguro e confortável é primordial durante os deslocamentos. Isto reforça a importância de avaliar com antecedência todos os preparativos necessários para as férias de janeiro. Além disso, existem algumas dificuldades associadas com a utilização do meio de transporte e tempo de viagem. Um dos maiores desafios para os tutores de filhotes, e pets idosos, por exemplo, é quando precisam se ausentar, pois esses necessitam de cuidados especiais.
A médica veterinária Thais Matos, especialista da área de Confiança e Segurança, afirma que os cuidados são essenciais para ter uma viagem tranquila com ou sem a companhia do pet. “Pet saudável é pet vacinado. Portanto, o primeiro ponto a verificar é se a carteirinha de vacinação está em dia. Seja qual for a opção de transporte, é imprescindível respeitar as regras para que tudo ocorra bem e todos tenham uma viagem agradável”, explica Thaís.
Como proteger seu pet do barulho nas festas de fim de ano
A festa de Ano Novo se aproxima e com ela uma preocupação: como proteger o pet do barulho dos fogos e rojões e, principalmente, evitar fugas e outros transtornos comuns nesta época do ano. Embora sejam utilizados para celebrar e tornar momentos ainda mais especiais, estes artifícios são verdadeiros pesadelos para a maioria dos cães. A seguir algumas dicas de como protegê-los nestas ocasiões.
1 – Fique perto do animal
Deixá-lo sozinho pode aumentar a sensação de insegurança causada pelo barulho. Mantenha-se ao lado dele e, na medida do possível, procure distraí-lo com petiscos e brincadeiras. Mas caso ele demonstre preferir ficar isolado, respeite a necessidade dele.
2 – Deixe-o em um ambiente de som mais abafado
Pode ser um quarto ou um banheiro mais afastado do burburinho. Ligue uma música clássica ou indicada para relaxamento para que seu pet escute. Isso vai ajudar a acalmá-lo e mudar o foco dos ruídos dos fogos.
3 – Procure um veterinário que avalie o uso de homeopatia e florais
“Estes medicamentos não possuem contraindicações e podem ajudar a manter os animais mais calmos nestas ocasiões, com o uso preventivo e prolongado antes do período de festas”, diz Dra. Ana Catarina. Ela conta que há muitos feedbacks positivos quanto aos resultados, sendo que alguns desses remédios possuem ação rápida.
4 – Utilize protetores auriculares próprios para pets
Existem hoje no mercado protetores auriculares próprios para pet, capazes de reduzir o impacto do barulho. Alguns possuem espumas que absorvem as ondas sonoras, potencializando conforto para o pet.
5 – Garanta que o pet tenha um abrigo
Para que ele se sinta mais seguro quando estiver com medo, mantenha por perto uma casinha, caminha ou caixa de transporte à qual ele esteja acostumado.
Lembre-se ainda que a movimentação de pessoas estranhas para lá e para cá em dia de festa também pode contribuir para o estresse e a ansiedade de seu bichinho, portanto isolá-lo do movimento é a melhor opção.
Onde deixar o pet quando viajar
O serviço de hospedagem domiciliar é ideal para pais e mães de pets que irão se ausentar por muitos dias. O pet irá passar a noite na residência de um anfitrião, treinado e capacitado, recebendo toda atenção e carinho que merece, como se estivesse em casa. E ainda, caso ocorra algum incidente, o pet se machuque ou sinta algum mal-estar durante a estadia, o serviço conta com o suporte de uma garantia veterinária para cobrir as despesas relacionadas à saúde do animalzinho, como consulta, cirurgia e medicamentos.
Outra dica é contratar os serviços de um ‘pet sitter’ para realizar visitas em sua casa. O ‘pet sitter’ brinca, coloca comida e água, troca tapetinho e atende a tudo o que o pet precisa, caso seja idoso ou esteja em um tratamento especial, poderá dar os medicamentos. Muitos acham que o atendimento é só para os cachorros, mas atende a todos os pets, gatos, hamsters, pássaros, porquinhos da Índia, répteis e até plantas. A visita tem duração de uma hora e também conta com a garantia veterinária.
Dicas para manter o bem-estar dos pets
Viagens aéreas
Ao escolher passar as férias em território nacional saiba que a grande maioria das companhias aéreas brasileiras permite viajar com o pet no avião. Animais de estimação de pequeno porte (até 10 kg) podem viajar na cabine. Portanto, antes de escolher a companhia aérea, o ideal é pesquisar sobre as determinações de cada uma.
Assim, o tutor pode comprar a passagem com a companhia cuja política de transporte de animais seja a mais agradável para ele e seu pet. A princípio, apesar de não haver uma legislação específica para levar pets no avião, alguns documentos padrões são requeridos antes da viagem.
Para viagens nacionais, o tutor precisa apresentar o atestado de saúde (feito por um médico veterinário), a carteira de vacinação e o comprovante atualizado de vacina antirrábica. Para viagens internacionais os documentos necessários são: carteira de vacinação; Certificado Zoosanitário Internacional (CZI); Certificado Veterinário Internacional (CVI) e Laudo Sanitário. Alguns países pedem que o pet tenha um microchip implantado, para que ele possa ser identificado.
Caso não conheça, o chip para o cãozinho, por exemplo, que é do tamanho de um grão de arroz, serve para armazenar as principais informações do pet, como nome, espécie, sexo, cor, idade, raça e os dados do tutor. O tutor precisa se informar sobre as restrições de entrada de pets no país de destino, pois vários países voltaram a proibir a entrada de pets de determinados locais do mundo.
A primeira dica para levar o seu cachorro no avião com tranquilidade é habituá-lo à situação antes do voo. Isso porque a viagem pode causar muito estresse e até pânico para os cães que nunca entraram em um avião ou ao menos em uma caixa de transporte. Por isso, o ideal é que o pai ou mãe do pet introduza uma experiência parecida para que ele se habitue à caixa de transporte.
Nunca force o pet a entrar na caixa! Deixe a caixa de transporte aberta e sempre à vista do pet para que ela se torne familiar para ele. Ofereça petiscos dentro dela e faça um carinho quando ele entrar. Se possível, ofereça uma das refeições do dia dentro da caixa.
Fazer passeios gradativos com ele dentro da caixa é outra orientação bem importante. Esse “treino” deve começar a ocorrer pelo menos um mês antes da viagem, para que o pet possa ter tempo suficiente de se acostumar com a caixa e não gerar nenhum trauma nele.
Viagens terrestres
Nas viagens de carro todos devem utilizar o cinto de segurança, inclusive os cães. O cinto de segurança específico para pets, que foi desenvolvido especialmente para isso. O equipamento funciona como um extensor, pois é fixado no fecho do cinto do carro e ao peitoral do seu animal de estimação (ao mesmo tempo). Para os felinos, a caixa transportadora promove conforto e segurança e também precisa ficar presa no cinto de segurança.
Pets, sempre no banco de trás e nunca no “chão” (espaço para colocar os pés dos passageiros). No banco traseiro do carro seu animal de estimação estará muito mais seguro. Outra coisa que vai deixar o cãozinho mais tranquilo e confortável durante o trajeto é colocar a caminha dele no banco do carro e caso o automóvel tenha ar condicionado, procure deixar a temperatura neutra, ou seja, nem quente nem fria.
Deixar o pet tomar aquele ventinho durante a viagem também não é conveniente, pois pode dar dor de ouvido no seu cãozinho e prejudicar a audição, além de causar irritação nos olhos dele. Também não é seguro, pois há o risco de acidentes se o condutor do veículo não estiver concentrado no trânsito.
Utilizar as capas protetoras para carro pode ser uma dica para tornar a viagem com seu animal de estimação muito mais agradável. São confeccionadas em tecido, para deixar seu pet todo confortável e os modelos impermeáveis conferem segurança, além de não deixar o cãozinho escorregando no banco, também protegem as portas do carro.
Alguns pets costumam enjoar durante viagens de carro, portanto, o veterinário poderá recomendar o medicamento e a dosagem correta. O especialista irá verificar se está tudo bem com o seu animalzinho e irá indicar a melhor maneira de transporte para garantir o máximo de suavidade para o pet durante o percurso. Na consulta é importante levar a carteira de vacinação (mesmo que esteja em dia) e informar alguns fatores, como a distância que será percorrida.
Nenhum tipo de remédio deve ser recomendado ao seu animalzinho sem a prescrição de um médico veterinário. Somente o profissional está habilitado para indicar o remédio correto que irá amenizar o desconforto do seu pet durante a viagem.