Em 19 de junho de 1973, o motorista brasileiro conheceu um carro de capô longo e traseira curta que, 45 anos depois, é um ícone entre os esportivos nacionais: o Ford Maverick. No sistema do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran/SP), constam 7.384 exemplares do modelo registrados no Estado – são 140 somente em Ribeirão Preto, a quinta cidade paulista com maior número, atrás da capital (2.667), Campinas (322), São Bernardo do Campo (157) e Santo André (146).
Do total do Estado, 486 têm a cobiçada placa preta, para colecionadores. Para isso, é preciso ainda manter boa parte das características originais. De início, o carro – lançado Ford para concorrer com o Opala, da General Motors – veio em três versões, todas duas-portas. Em novembro do mesmo ano, surgiu o modelo quatro-portas. Mais em conta delas, a Super custava Cr$ 27.284,00 – cerca de R$ 19 mil, em valores atualizados pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe).
A Super Luxo, com mais cromados e pneu sem câmara, saía por Cr$ 30,558,00 – aproximadamente R$ 28 mil pelo IPC-Fipe. E a GT, top de linha, que trazia faixas adesivas e um potente motor V8 por Cr$ 39.398,00 (cerca de R$ 36 mil). Apesar de bem recebido, o Maverick também teve críticas: alto consumo de combustível e pouco espaço no banco traseiro.
Em 1974, foi lançada inicialmente para competições automobilísticas a versão Quadrijet (nome emprestado de seu novo carburador), que tinha um motor ainda mais potente. Pouco depois, ela também chegou às lojas. A montadora encerrou a produção do Maverick no Brasil em 1979. No total, foram produzidas 108.106 unidades.
Hoje, o carro atrai admiradores e colecionadores. Em sites especializados, é possível encontrar unidades à venda por valores que ultrapassam R$ 100 mil. Em tempo, uma curiosidade: o nome Maverick deve voltar às ruas, mas como um utilitário. A nova aposta da Ford ainda não tem data para lançamento.