A USP-Filarmônica apresenta sua série mensal de concertos no Theatro Pedro II, na próxima terça-feira, 11 de setembro, às 20h30. O repertório será variado, com árias de óperas como “Habanera” e “Seguedilla”, de “Carmen”, de Georges Bizet (1838-1875), e a abertura “La Forza del destino”, de Giuseppe Verdi (1813- 1901), passando por compositores brasileiros como Cláudio Santoro (1909-1989), Mário de Andrade (1898-1945) e Heitor Villa-Lobos (1887-1959), e canção dos Beatles. A entrada é livre e gratuita (não é necessário convite nem reserva).
A orquestra recebe como convidados a cantora mezzo-soprano Carla Rizzi, do Coral do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e do solista de viola caipira Gustavo Silveira Costa, professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FFCLRP-USP), sob a regência do maestro Rubens Russomanno Ricciardi. Haverá também a participação especial do Coral da Unesp de Franca e Jaboticabal,sob regência de Rafael Andrade (ex-aluno da FFCLRP-USP).
A noite do concerto será aberta com o madrigal “Moro, lasso, al mio duolo”, de Carlo Gesualdo, príncipe de Venosa (1560-1613), obra-prima maneirista, transição do Renascimento para o Barroco, de caráter bastante experimental para a época. A obra tem adaptação para quinteto de metais por Rubens Russomanno Ricciardi. Em seguida será executada a “Abertura” (1862) da ópera “La forza del destino”, de Giuseppe Verdi.
Com participação da mezzo-soprano Carla Rizzi, solista convidada, a USP-Filarmônica interpreta a canção “Amor em lágrimas”, do compositor Cláudio Santoro com poema de Vinícius de Moraes, e nova orquestração de Rubens Russomanno Ricciardi, parte do projeto comemorativo ao centenário de Santoro, em 2019, com a íntegra das canções para canto e piano de Santoro e Vinícius de Moraes, agora em versões para canto e orquestra.
Outras obras do programa são “Viola quebrada” (1926), com melodia e letra de Mário de Andrade (1898-1945), agora numa versão sinfônica recém-composta por Rubens Russomanno Ricciardi para canto popular e viola caipira solistas. Esta versão contempla letra e melodia originais de Mário de Andrade, de acordo com seu autógrafo, depositado no Instituo de Estudos Brasileiros da USP. Também com viola caipira solista haverá a versão inédita de “Cantiga” (1931) das “Bachianas Brasileiras nº 4”, de Heitor Villa-Lobos, executada por Gustavo Silveira Costa, premiado violeiro e violonista ribeirão-pretano.
O Coral da Unesp de Jaboticabal apresenta “Eleanor Rigby” (1966) de John Lennon (1940-1980) e Paul McCartney (*1942), com arranjo para coro a cappella por Paul Hart (*1945). A USP-Filarmônica encerra a noite com “Habanera” e “Seguidilla” (1875), árias da ópera “Carmen”, de Georges Bizet.
Este é o 106º concerto da USP-Filarmônica, pela sua série mensal “Concertos USP – Theatro Pedro II” é uma realização do Departamento de Música da FFCLRP-USP, em parceria com a prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Fundação Dom Pedro II. Os concertos são sempre gratuitos e abertos ao público em geral, com intuito de democratizar o acesso à arte.
Mais informações pelo telefone (16) 3977-8111. O teatro fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pessoas, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1,3 mil lugares.
A USP-Filarmônica
As atividades da USP-Filarmônica começaram em março de 2011. A orquestra é formada por alunos do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP). Rubens Russomanno Ricciardi (professor responsável e regente titular) e José Gustavo Julião Camargo (funcionário e regente assistente) atuam na direção artística desde a sua fundação.
Concertos sinfônicos e récitas de óperas já foram realizadas em Ribeirão Preto e várias cidades da região. Ao lado do repertório contemporâneo do século XXI, a orquestra também trabalha com clássicos da música universal, num contraponto entre tradição e inovação, apresentando ainda alternadamente compositores de outros países e brasileiros. Em relação específica à produção musical brasileira de concerto – um dos focos de trabalho da USP-Filarmônica – seus repertórios abrangem desde o período colonial até o contemporâneo.
Há também uma dedicação especial às obras inéditas dos próprios compositores locais. Tem 30 integrantes (bolsistas) que dominam duas flautas, um oboé, uma clarineta, um fagote, duas trompas, dois trompetes, uma percussão, cinco primeiros violinos, cinco segundos violinos, três violas, quatro violoncelos e dois contrabaixos.