Tribuna Ribeirão
Cultura

Orquestra da USP faz 100º concerto

A USP-Filarmônica come­mora a marca de 100 concertos com a inauguração do fosso de orquestra do recém-reformado e renomeado Teatro do Campus (antiga Capela da USP). Serão duas apresentações nesta sema­na, na terça-feira, 12 de junho, Dia dos Namorados, e na quar­ta-feira (13), sempre às 20h30, com apresentação da récita de “Bastien&Bastienne”, composta por Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). A entrada é franca.

A ópera vem sendo ensaia­da desde maio pela orquestra, com um novo elenco de jovens cantores, como a soprano Flá­via Gattás como Bastienne. Ela é caloura, aluna de graduação do Departamento de Música da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (DM­-FFCLRP) – vinculada à Univer­sidade de São Paulo (USP) – e bolsista da USP-Filarmônica.

Outra novidade é o tenor ale­mão Johannes Grau como Bas­tien. Ele é ex-aluno do Coral de Tomé de Leipzig e da Escola Su­perior de Música Hanns Eisler de Berlim. Tem ainda o baixo Luis Felipe Sousa como Colas (aluno de graduação do DM-FFCLRP/ USP e também bolsista da USP­-Filarmônica). A direção cênica, cenário, figurino e iluminação estão a cargo de Nathalia Lorda, formada em direção cênica pela Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA/USP). O maes­tro titular da orquestra, Rubens Russomanno Ricciardi, assina a direção artística geral.

Na abertura do programa será apresentado repertório bra­sileiro, com as modinhas “Viola Quebrada” – composição de Mário de Andrade (1893-1945) e Heitor Villa-Lobos (1887- 1959), com arranjo e orques­tração inédita de Ricciardi – e “Moreninha” – de autor brasi­leiro anônimo do século XIX, com orquestração e arranjo iné­dito de Ricciardi –, bem como a nova obra do maestro da USP­-Filarmônica, recém-composta, “Amar e ser amado” (com poe­ma de Castro Alves), interpre­tadas por outros jovens solistas da USP de Ribeirão Preto: Felipe Rissarri (contratenor), Gilberto Ceranto (violino), Caio de Sou­za (viola caipira) e Tamara Perei­ra (soprano).

A inauguração do fosso de orquestra do Teatro do Campus acontece numa realização con­junta do Núcleo de Pesquisa em Ciências da Performance (NAP­-CIPEM) do Departamento de Música da FFCLRP-USP (Fa­culdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Uni­versidade de São Paulo), com a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP e Prefeitura do Campus da USP de Ribeirão Preto. As duas apresentações são gratuitas e os lugares disponibilizados por ordem de chegada. Mais infor­mações no Departamento de Música da USP de Ribeirão Pre­to, no telefone (16) 3315-3136.

Teatro do Campus da USP – Construído na década de 1960, o prédio foi originalmente ba­tizado como Capela São Lucas. O projeto com linhas típicas do século XX manteve paredes flu­tuantes, penduradas em balanço por colunas e vigas que criam um pé-direito de sete metros e 547 metros quadrados de vão livre, com vitrais do artista Bas­sano Vaccarini.

A partir de 1969, a então Capela da Medicina passou a abrigar os concertos mensais do Grupo Pró-Música, fundado e mantido por professores da Fa­culdade de Medicina de Ribei­rão Preto da USP (esta mesma série ainda existe até hoje, cha­mada Concertos USP – Theatro Pedro II). O uso frequente do es­paço mostrou necessidades que não haviam sido contempladas no projeto original.

Em 1994, começou a sua adaptação e, em 2003, foi rei­naugurado como Espaço Cul­tural Capela. Assim, em junho de 2017, iniciou a reforma para atender essas necessidades e tornar o prédio mais acessível. De sanitários ao telhado, todo o prédio foi adequado às novas normas de combate à incêndio e de acessibilidade, com constru­ção de estrutura e instalação de elevador. As estruturas cênicas e forros foram trocados para me­lhorar a acústica e, ainda, teve o palco reformado. Foi reinaugu­rado em 24 de janeiro deste ano.

Sobre a ópera – “Bas­-tien&Bastienne KV. 50 (1768)” é uma ópera completa com­posta por Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791). Então um menino de 12 anos de idade, é possível que tenha recebido alguma orientação do grande violinista, compositor e teóri­co da música, Leopold Mozart (1719-1787), seu pai e mestre, em sua composição.

O surgimento de “Bas­-tien&Bastienne” de Mozart passou por várias etapas. Di­versos autores literários contri­buíram para a elaboração do libreto.Tudo começou com Jean­-Jacques Rousseau (1712-1778), com a estreia, em 1752, de sua ópera “Le Devindu Village (O advinho da aldeia)”. O libreto receberia ainda várias adapta­ções francesas. Uma adaptação austríaca tardia, agora cantada em alemão, serviu para a versão musical de Mozart.

O enredo trata de amores de adolescentes: das desilusões de Bastienne, uma jovem menina da roça, que sente falta de seu amado, Bastien, outro jovem da roça, mas que se aventura agora na cidade em busca de outros amores. Desesperada e alme­jando reconquistar seu amor perdido, ela recorre à ajuda do Mestre Colas, um mago repleto de magias. A trama se desen­volve em torno dos conselhos dados pelo feiticeiro, tanto para Bastienne como para Bastien. A montagem é de Nathalia Lorda.

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