As autoridades dos Jogos Olímpicos de Tóquio chegaram a um “acordo básico” com os 68 patrocinadores japoneses para estender seus contratos para o próximo ano, quando serão disputadas as competições, por causa da pandemia da covid-19.
Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador dos Jogos, disse, nesta quinta-feira, em entrevista coletiva online que as novas contribuições irão “exceder” US$ 210 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão) para preencher as lacunas orçamentárias.
Patrocinadores japoneses contribuíram antecipadamente com o valor recorde US$ 3,3 bilhões para o orçamento operacional local, e o novo dinheiro eleva o total para mais de 3,5 bilhões. Isso é pelo menos o dobro do valor de quaisquer Jogos Olímpicos anteriores e é liderada pela Dentsu, grande empresa de publicidade japonesa que também é o agente de marketing dos Jogos de Tóquio.
Toshiro Muto, presidente geral do Comitê Organizador, afirmou que as empresas não foram pressionadas para patrocinar os Jogos. “Ouvimos de nossos parceiros sobre a difícil situação que cada um deles enfrenta no meio da pandemia e da crise econômica sem precedentes.”
O diário japonês Nikkei publicou este mês que cada um dos 15 “parceiros gold” (principais) teriam contribuído com cerca de US$ 10 milhões. Entre eles estão firmas renomadas como Canon, Fujitsu e Mizuho. O Nikkei também é um patrocinador oficial, assim como outros jornais como Asahi, Mainichi, Yomiuri e vários outros de menor circulação.
Patrocinadores como ANA e Japan Airlines estão entre as empresas que mais enfrentaram problemas durante a pandemia, mas ambas aparecem entre as que aceitaram o novo aporte, segundo os relatórios.
Muto reconheceu que nem todas as contribuições envolvem dinheiro e observou que algumas seriam “em espécie” por meio de bens e serviços fornecidos.
Os organizadores dos Jogos de Tóquio anunciaram no início desta semana o aumento do orçamento em US$ 2,8 bilhões, o que eleva o custo para US$ 15,4 bilhões.