Por Sabrina Legramandi, especial para o Estadão
O cineasta Oliver Stone usou seu perfil no Twitter para contar que assistiu a Oppenheimer, novo filme de Christopher Nolan, e exaltou a produção do colega. Ele também revelou que chegou a recusar um projeto baseado no livro de Kai Bird e Martin J. Sherwin, que deu origem ao longa.
“Me sentei para assistir a 3 horas de Oppenheimer, dominado pela narrativa de Chris Nolan. Seu roteiro é cheio de camadas e fascinante”, escreveu. Segundo Stone, ele recusou a proposta de fazer um filme sobre a história de Robert Oppenheimer, físico à frente da criação da bomba atômica, por uma dificuldade de encontrar a “essência” da narrativa, mas afirmou que Nolan conseguiu o feito.
O cineasta elogiou a direção e a maneira como o colega transforma os incidentes do filme em “uma emocionante torrente de ação dentro de toda a conversa”. Além disso, ele celebrou a escolha de Cillian Murphy para interpretar o protagonista e a de outros atores que aparecem no longa. “Seus olhos exagerados parecem normais interpretando um gênio como Oppenheimer”, disse sobre Murphy.
Apesar de chamar o filme de “clássico”, Stone chamou a atenção para acontecimentos históricos que envolveram a participação do Japão na Segunda Guerra Mundial.
Conforme o relato, ele e o historiador Peter Kuznick pesquisaram, para a série A História Não Contada dos Estados Unidos, que os japoneses não tinham consciência sobre o que atingiu os habitantes de Hiroshima e Nagasaki em um primeiro momento e não se renderam após o ocorrido.
O diretor prosseguiu dizendo que o longa de Nolan contém a essência da tragédia de Oppenheimer, “um homem historicamente no meio de uma situação impossível, embora, como mostra Nolan, foi em parte criada por ele mesmo”. Oppenheimer estreou no último dia 20.
*Estagiária sob supervisão de Charlise de Morais