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Operação Têmis prende candidato a vereador

Clóvis Angelo Operação Temis

 

A segunda fase da Operação Têmis, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), prendeu na madrugada desta terça-feira (6) o candidato a vereador na eleição de 2016 através da coligação Rede Sustentabilidade/PPL – Ribeirão Somos Nós, o empresário Clóvis Ângelo, de 58 anos, também conhecido como Capitão Ângelo.

A Operação Têmis investiga supostas fraudes processuais estimadas em R$ 100 milhões. O suspeito foi em detido em sua residência, no bairro Adelino Simioni, Zona Norte de Ribeirão Preto. Documentos foram apreendidos no local. Clóvis Ângelo, de acordo com o Ministério Público, também seria um “captador” de clientes para o escritório de advocacia “Lodoli, Caropreso, Baso e Vidal”, sociedade de quatro advogados presos na primeira fase da força-tarefa, que conta com o apoio da Polícia Civil.

Ele foi preso, segundo o Gaeco, porque tentava “interferir” nas investigações e teria ameaçado testemunhas. Teria, ainda, sugerido que mentissem durante os depoimentos. O caso tramita na 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto e mais de 53,3 mil ações judiciais já foram suspensas pelo juiz Lúcio Alberto Enéas da Silva Ferreira. No Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) há mais 30 mil pendências, segundo o MPE.

As acusações dos promotores públicos foram acolhidas pelo magistrado, que indiciou os suspeitos de induzirem pessoas simples e incautas de conhecimento jurídico para que assinassem procurações e atestados de pobreza e ainda fornecerem cópias de seus documentos pessoais, as quais, seriam usadas pelos suspeitos para ingressarem com ações judiciais em seus nomes. Clóvis Ângelo foi levado para a Central de Flagrantes.

Na porta de casa, ao ser preso, Ângelo negou as acusações. O empresário disse que apenas prestava serviço aos advogados investigados e não tinha conhecimento sobre como os dados captados por ele eram usados. Durante as eleições de 2016, o então candidato declarou à Justiça Eleitoral gasto de R$ 500. Do total, R$ 300 foram doados por Klaus Philipp Lodoli, advogado preso na primeira fase da Operação Têmis e apontado pelo MPE como um dos chefes do esquema fraudulento.

Segundo o promotor Aroldo Costa Filho, o Capitão Ângelo afirmou em depoimento ter captado mais de 300 pessoas na região de Ribeirão Preto e em outros estados brasileiros, para que os nomes delas fossem usados no esquema de fraudes judiciais.Além dos quatro advogados sócios no escritório, mais três acusados estão detidos. Um vereador também é investigado lelo mesmo motivo de Ângelo.

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