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Operação “Saldo Negativo”: ribeirão-pretano preso como intermediário

Agência Brasil

Operação conjunta da Polícia Federal e Receita Federal cumpriu 25 mandados de prisão nos Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Distrito Federal

Após dois anos de investigações, a Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram, na manhã da terça-feira (5), a Operação “Saldo Negativo”, que resultou no cumprimento de 25 mandados de prisão nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Distrito Federal.

O ribeirãopretano E.S., coach e ex-funcionário de usina de matriz energética foi preso em São Paulo, investigado como intermediário na operação.

Entre os presos está E.B., analista tributário da Receita Federal lotado em Florianópolis, e o advogado F.S.A., residente em Criciúma. Este segundo teve um grande volume de objetos e pertences  recolhidos pelos oficiais da Operação, tanto em Criciúma quanto na região das lagoas do Balneário Rincão.

Embarcações, Jet-skis, 30 veículos de luxo e R$ 8 milhões em dinheiro foram apreendidos com os investigados.

Imóveis, terrenos e lotes dos suspeitos foram sequestrados por determinação da Justiça Federal.

O esquema

Segundo o delegado da Polícia Federal, Carlos Eduardo Fistarol, responsável pela Operação, a organização oferecia aos clientes a possibilidade de pagamentos de tributos com deságio.

Assim que o empresário fazia o contato com a assessoria, esta fazia os lançamentos falsos à Receita Federal e encaminhava os valores à organização criminosa.

Tanto o contratante, que tinha convicção de estar em dia com o Fisco, quanto a União, que tinha 100% de prejuízo, eram vítimas do esquema.

Os auditores fiscais esclareceram o golpe, exemplificando, se uma empresa devesse R$ 100 mil à Receita Federal, a organização criminosa cobrava R$ 70 mil e este valor ia todo para a organização, sem que a União recebesse um centavo.

Como consequência, a empresa que contratou a organização ficava em dívida com a União e, assim que fosse feita uma auditoria, teria que arcar com uma multa que pode chegar a 225%.

As investigações prévias da Polícia Federal e da Receita Federal apontam para um número de 3,5 mil empresas clientes que seriam vítimas do golpe em 597 cidades do país. Outros 17 envolvidos foram presos em outros estados.

Com atualização em 23/Jul/2020, por Redação.

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