A Operação Caixa Forte, deflagrada na manhã desta segunda-feira (31) pela Polícia Federal, juntamente com a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), buscou cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão em Ribeirão Preto e região, além de em outras dezenas de cidades do país.
Esta é a segunda fase da ação que visa investigar o tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro praticados por facção criminosa com atuação em todo o território nacional. Na oportunidade, foi emitido um mandado de prisão e um mandado de busca e apreensão para Ribeirão Preto. Além disso, para a cidade de Araraquara, foram expedidos oito mandados de prisão e oito de busca e apreensão.
Ao todo, foram contabilizados 211 mandados de busca e apreensão, em 19 diferentes Estados do Brasil, e 422 mandados de prisão, em 20 diferentes Estados do país.
Os presos são investigados pelos crimes de participação em organização criminosa, associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, cujas penas cominadas podem chegar a 28 anos de prisão.
Operação Caixa Forte
Durante a primeira fase da operação – que identificou os responsáveis pelo chamado “Setor do Progresso” da facção, que se dedica à lavagem de dinheiro proveniente do tráfico – revelou-se que os valores auferidos com o comércio ilícito de drogas eram, em parte, canalizados para inúmeras outras contas bancárias da facção, inclusive para as contas do “Setor da Ajuda”, aquele responsável por recompensar membros da facção recolhidos em presídios.
Foram identificados 210 integrantes do alto escalão da facção, recolhidos em Presídios Federais, que recebiam valores mensais por terem ocupado cargos de relevo na organização criminosa ou executado missões determinadas pelos líderes como, por exemplo, execuções de servidores públicos.
Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.
A atuação da Polícia Federal visa desarticular a organização criminosa por meio de sua descapitalização, atuando em conformidade com as diretrizes do órgão de enfrentamento à criminalidade organizada por meio da abordagem patrimonial, além da prisão de lideranças.
A ação envolveu cerca de 1.100 policiais federais, que cumprem as ordens judiciais, além do bloqueio judicial de até R$ 252 milhões. Todos os mandados foram expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte/MG.