Duas pessoas foram presas em Ribeirão Preto por organização criminosa, tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Um homem foi detido na noite de terça-feira (5), e na manhã desta quarta-feira, 6 de setembro, um suspeito foi flagrado com 50 quilos de maconha e uma réplica de fuzil AR-15 em uma escola desativada ano passado no Jardim São Luiz, na Zona Sul da cidade.
Jean Carlos Barboza, de 33 anos, dormia quando foi abordado por policiais militares e promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual (MPE), que deflagraram a Operação Ventríloquo na cidade. Outras cinco pessoas foram presas em Araraquara, onde também foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão.
A força-tarefa, com apoio do Canil da Polícia Militar, encontrou um simulacro de fuzil AR-15 com o suspeito que disse trabalhar no prédio como vigia. A maconha estava escondida dentro de um móvel no depósito e, ao todo, 70 tijolos foram apreendidos. Barboza tem antecedentes criminais por roubo e tráfico de drogas.
Ele afirmou que “guardava” a droga para terceiros – ao Gaeco ele teria dito que faz parte de uma facção criminosa que atua em presídios do país, alvo das investigações dos promotores. Ele foi levado para a Central de Flagrantes e depois transferido para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Ribeirão Preto. O MPE descartou a participação no esquema do dono do imóvel onde a escola atendia.
No total, a Operação Ventríloquo apreendeu cerca de 743,5 quilos de droga em Araraquara e Ribeirão Preto e deteve sete pessoas. Segundo o Gaeco, foram encontrados quase 700 tijolos de maconha em uma residência do Jardim Acapulco, em Araraquara. A ação, conduzida pelo núcleo de Ribeirão Preto, contou com promotores, agentes do MPE e policiais militares, e cumpriu ao todo seis mandados de prisão e dez de busca e apreensão.
As investigações começaram no segundo semestre de 2016, para averiguar a atuação de um integrante da cúpula de uma facção criminosa suspeito de ser responsável pelo assassinato de agentes públicos na região. Segundo o Gaeco, o homem se comunicava por meio de terceiros, procurando evitar ser relacionado com as atividades ilícitas que comandava, por isso a operação foi batizada de Ventríloquo. A apuração apontou para o tráfico de drogas e indicou que o grupo lavava o dinheiro dos entorpecentes com a compra e venda de veículos. O Gaeco tem 15 dias para concluir as investigações, ouvindo pessoas e analisando o material apreendido, para apresentar denúncia à Justiça. As penas podem chegar a 73 anos de prisão.