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ONU condena invasão da Ucrânia pela Rússia

CARLO ALLEGRI/REUTERS

Em sessão extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a Ucrânia nesta quarta-feira, 2 de março, 141 pa­íses votaram a favor da resolu­ção que condena a invasão rus­sa, cinco nações votaram contra e 35 se abstiveram. A resolução, que não tem poder legal, pede que a Rússia retire suas tropas. Apesar de não ser uma medida concreta, a decisão tem um po­der político muito grande e evi­dencia o isolamento russo.

O Brasil votou a favor. A China se absteve. Antônio Gu­terres, secretário-geral da ONU, disse, pouco após a aprovação da resolução, que a decisão re­pete uma verdade central, “que o mundo quer o fim do sofri­mento na Ucrânia”. Ele falou, ainda, sobre como os países têm se unido para colaborar com o governo ucraniano.

A embaixadora dos Esta­dos Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfied, afirmou que a guerra foi decisão de um único homem, Putin. E disse que a Rússia está atacando ci­vis e que, enquanto o Conselho de Segurança discutia a paz [na semana passada], Putin começava a guerra.

“A Rússia bombardeou or­fanatos, hospitais, jardins de infância, espalhou fome”. Lin­da agradeceu aos países que estão recebendo refugiados da Ucrânia. O embaixador da Ucrânia na ONU, Sergei Kislitsia, afirmou que o povo ucraniano “luta enquanto é bombardeado”. Ele agradeceu a união e o apoio aos refugia­dos ucranianos e disse que as tropas russas estão cometendo crimes contra a humanidade.

Os países que votaram con­tra a resolução da ONU foram a Rússia, Bielorrússia (Belarus), Síria, Coreia do Norte e Eri­treia. O embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho afirmou, após votar a favor da resolução que condena a invasão russa à Ucrânia, que além dessa medi­da, para alcançar a paz, mais passos precisam ser seguidos a fim der gerar um cessar-fogo. Costa Filho defendeu a resolu­ção e disse que ela representa um “pedido de paz” pela co­munidade internacional.

Itamaraty abre postos de atendimento
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil anunciou que decidiu abrir dois postos de atendimento consular para prestar assistência aos brasilei­ros que buscam deixar a Ucrâ­nia. Um deles ficará na cidade ucraniana de Lviv, próxima à fronteira com a Polônia que tem sido adotada como rota de fuga; e o outro em Chisinau, capital da Moldávia, para faci­litar o suporte a brasileiros que tentam a saída pela Romênia.

O ministério acrescenta que, em casos de emergência, o plan­tão consular brasileiro pode ser contatado pelo número +55 61 98260-0610. Além disso, a Em­baixada em Kiev continua trans­mitindo orientações por meio de mensagens em seu site (kiev itamaraty.gov.br), em sua página no Facebook (facebook com/ Brasil.Ukraine) e em grupo do aplicativo Telegram (t me/s/em­baixadabrasilkiev).

Portaria
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), disse que o Brasil vai fazer uma portaria para garantir o acesso de ucra­nianos ao passaporte huma­nitário brasileiro. Ele afirmou que não há previsão de imposi­ção de sanções do Brasil para a Rússia em decorrência do con­flito. Diz que o Brasil possui uma “dependência enorme” dos fertilizantes russos e, em caso de sanções, o agronegócio seria “seriamente afetado”.

O encarregado de negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, afirmou nesta quarta­-feira (2) que o país está aberto a negociações com a Rússia, mas até agora só recebeu ultimatos. A guerra na Ucrânia entrou no sétimo dia com o aumento de bombardeios russos. Segundo ele, os russos exigem uma sé­rie de condições para encerrar o conflito, como a retirada de tropas e o compromisso de que a Ucrânia não integrará a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“Nós estamos abertos a negociações. Mas devem ser negociações e não os ultimatos da parte russa”, afirma o encar­regado. Ontem deveria ocorrer uma nova rodada de negocia­ções entre Rússia e Ucrânia, mas a reunião foi adiada para esta quinta-feira (3).

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