Os três ônibus que serviam de base para os programas Dr. Móvel, É pra já e Brinquedoteca, da prefeitura de Ribeirão Preto, estão parados na garagem municipal desde o começo de 2017. Adquiridos pela antiga administração através de parcerias, os veículos ofereciam atividades culturais e serviços para a população.
O ônibus da Brinquedoteca levava música, teatro, palhaços e gincanas para vários pontos de Ribeirão Preto e foi uma doação do piloto ribeirão-pretano de Fórmula Indy, Hélio Castroneves. Foi ele também quem intermediou todas as adaptações necessárias junto a um fabricante de São Paulo. O equipamento contava com TV, palco e caixa de som, entre outros recursos, para as atividades desenvolvidas na periferia.
Já o projeto itinerante É pra já oferecia, nos bairros de Ribeirão Preto, cerca de 50 serviços gratuitos à população. Os serviços mais procurados eram para inscrições na fila da casa própria da Companhia Habitacional Regional (Cohab-RP) e informações sobre Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto Sobre Serviços (ISS) e Microempreendedor Individual (MEI), entre outros.
O Dr. Móvel, programa de atendimento médico ambulante da prefeitura de Ribeirão Preto colocado em operação ainda na administração da ex-prefeita Dárcy Vera, percorria os bairros da cidade realizando atendimentos na área da saúde. Em 2017 permaneceu a maior parte de do tempo inoperante.
Voltou em outubro, mas poucas semanas depois foi novamente encostado pela Secretaria Municipal da Saúde. A equipe do Dr. Móvel deveria ter sete profissionais, incluindo um médico do Programa de Saúde da Família (PSF), enfermeira, assistente social, agente comunitário, entre outros.
Em nota enviada ao Tribuna, a administração informa que o Dr. Móvel foi retirado do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) em março de 2018 por falta de equipe fixa. Porém, mantém atividades pontuais de saúde como campanhas de imunização, de doenças e infecções sexualmente transmissíveis, programas sobre aids, de doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão, diabetes, campanhas contra o tabagismo, entre outras.
A nota afirma também que o Dr. Móvel é um veículo adaptado, que tem apresentado vários problemas e exigido manutenção. Em função da aposentadoria de uma médica e de uma enfermeira, ocorrida no ano passado, há dificuldade em lotar equipe para atuar nesta unidade móvel. Sem mão de obra disponível, o trabalho resulta em muitos plantões extras, o que gera altos custos de atendimento.
Em relação ao ônibus do É pra já, a nota informa que quando a atual administração assumiu a prefeitura, em 2017, o veículo já não estava mais sendo utilizado e se encontrava totalmente sucateado, ou seja, sem os equipamentos necessários para seu funcionamento, inviabilizando o desenvolvimento de qualquer tipo de trabalho.
O É pra já deixou de funcionar no segundo semestre de 2016 com a demissão dos funcionários terceirizados que atuavam no projeto. Sobre a Brinquedoteca, a Secretaria Municipal da Cultura doou o veículo, através da transferência de patrimônio, para a Secretaria Municipal da Educação, para que seja usado em projetos educacionais na rede municipal de ensino.