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Ônibus lotado pode dar multa

Mesmo com o aumento de casos do novo coronavírus e pessoas morrendo na fila à es­pera de uma vaga em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), muitos ônibus que saem de cidades vizinhas, trazendo tra­balhadores para Ribeirão Pre­to, continuam viajando com capacidade máxima ou até mesmo com superlotação.

O deputado estadual Rafael Silva (PSB) apresentou projeto de lei que proíbe a lotação, a viagem de passageiros em pé e determina o distanciamento seguro nas poltronas. As em­presas deverão readequar as li­nhas, para que não haja falta de veículos em horários de pico. A multa por descumprimento será de mais de R$ 100 mil e, em caso de reincidência, a em­presa poderá perder o direito de atuar no setor.

A decisão foi tomada na tar­de de quinta-feira, 11 de mar­ço, após reunião com prefeitos e representantes de 13 cidades da região. O encontro, por vi­deoconferência e coordenado pelo Consórcio de Municípios da Mogiana (CMM), presidido pelo prefeito Vinícius Magno Filgueira (PSDB), de Guará, e contou com a participação do diretor-geral da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), Milton Persoli, que ouviu as reivindicações e se mostrou disposto a ajudar.

Segundo Rafael Silva, a medi­da, apresentada agora, vem depois de várias tentativas de resolver o problema de outras formas. “Avi­samos o governo sobre a transmis­são do vírus pelos ônibus, sempre lotados. Em entrevistas, sempre alertei sobre o risco. A lei, a mul­ta pesada são as últimas opções que temos. Meu filho, deputado federal Ricardo Silva (PSB-SP), enviou ofícios ao Ministério Pú­blico Federal e à Promotoria de Justiça do Estado”, diz.

“Por que todos os outros setores da sociedade estão rece­bendo medidas de restrição e os ônibus continuam lotados? Os trabalhadores e trabalhadoras não podem pagar com a vida pela desorganização das empre­sas e do governo. Se o coronaví­rus veio do exterior para o Brasil, veio de avião. Mas esses aviões que vieram da Itália, da Ásia, não pousaram em Barrinha, em Cajuru, em São Simão, em Pra­dópolis. Foram os ônibus, sem­pre lotados, que espalharam essa doença”, explica.

Uma decisão do governo estadual, denominada Comu­nicado Externo DPL 09/2020, ainda permite que os veículos transportem dez passageiros em pé. Para o prefeito de Pradópo­lis, Sílvio Buchera (PSDB), isso prejudica as ações de combate à covid-19. “Recebo reclamações de muitas pessoas que precisam desse transporte. É um medo real. E para tentar resolver, so­mamos forças entre vários pre­feitos, com a participação do deputado Rafael Silva. Isso não pode continuar assim”, ressalta.

O secretário executivo do CMM, Edson Avallos, infor­mou que as administrações mu­nicipais irão apresentar um re­latório, dia 19, em nova reunião virtual, de todos os horários de ônibus e a quantidade de pes­soas em cada um. Mesmo com a permissão de levar dez passa­geiros em pé, o que já seria um erro, segundo os prefeitos, os veículos seguem com número bem acima disso, superlotados, relata Avallos, que também co­bra providências do Estado.

Os demais prefeitos presen­tes à reunião foram José Marcos (PL), de Barrinha; Omar Nagib (PSB), de Santa Rosa de Viter­bo; Alan Ferracini (DEM), de Dumont; Luizinho Noli (PL), de Santa Lúcia; Paulo Brigliado­ri (Cidadania), de Jardinópolis; Rodrigo Mello Marques (PSD), de Luís Antônio; Marquinhos Soriano (Cidadania), de Pitan­gueiras; Marquinhos Kajuru (DEM), de São Simão; e José Ricardo (MDB), de Igarapava. Também participaram o secre­tário de Emprego e Relações do Trabalho de Guariba, Anselmo Gimenes, e o diretor de Trans­porte de Cajuru, Fábio Cunha.

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