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Ônibus devem voltar a circular

ALFREDO RISK/ARQUIVO

Os cerca de 600 moto­ristas de ônibus de Ribeirão Preto aguardam confirmação das empresas que integram o Consórcio PróUrbano – grupo concessionário do transporte coletivo na cidade, formado pelas viações Rápido D’Oeste (50%) e Transcorp (50%) – so­bre o pagamento do vale e do salário de maio para decidir se voltam ao trabalho nesta se­gunda-feira, 7 de junho, quan­do acaba o período de medidas mais restritivas impostas pela pandemia de coronavírus.

Segundo o Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte Urbano e Subur­bano de Passageiros de Ribei­rão Preto (Seeturp), o vale do último dia 20 – no valor de R$ 1 milhão, aproximadamen­te – ainda não foi creditado e, nesta segunda-feira, as empre­sas também terão de creditar o valor referente à folha de paga­mento de maio, que por lei é paga no quinto dia útil subse­quente ao mês trabalhado.

Na semana passada, os motoristas promoveram uma greve de 48 horas, entre os dias 24 e 25 de maio, e retornaram ao trabalho no dia 26 depois que o desembargador Francis­co Alberto da Motta Peixoto Giordani, do Tribunal Regio­nal do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), concedeu liminar ao consórcio e determinou a volta gradual da circulação dos ônibus do transporte público.

Porém, no dia 27 a cida­de entrou em lockdown e o transporte coletivo urbano foi suspenso. A volta está marcada exatamente para segunda-fei­ra. Caso a greve seja mantida, a Justiça do Trabalho estipulou que, em horários normais, ao menos 35% dos ônibus da fro­ta disponível na pandemia, de aproximadamente 248 veícu­los, deverão rodar pela cidade. Nos horários de pico, compre­endidos das seis às oito horas da manhã e das 17 às 19 horas, a quantidade sobe para 50%.

O Consórcio PróUrbano con­ta com 356 veículos que cumprem 118 linhas em Ribeirão Preto, mas na pandemia o grupo tra­balha com 80% de seu potencial.

Em caso de desobediência, o Seeturp terá de arcar com multa diária de R$ 1 mil por cada trabalhador.

Na última terça-feira, 1º de junho, a Câmara de Vereadores aprovou repasse de até R$ 17 milhões ao Consórcio PróUr­bano para compensar parte do desequilíbrio financeiro causa­do no setor pela pandemia do coronavírus.

A redação final será vo­tada na sessão de terça-feira (8). A proposta prevê uma parcela de R$ 5 milhões re­ferente às perdas entre março e dezembro do ano passado.

As outras seis prestações, de R$ 2 milhões cada, são re­ferentes ao prejuízo já contabi­lizado ou que será provocado pela pandemia este ano. Se­gundo João Henrique Bueno, presidente do Seeturp, as em­presas já sinalizaram que, até este domingo (6), vão pagar os trabalhadores. Para ele, o pa­gamento é fundamental para garantir o transporte coletivo integral na segunda-feira.

“Isso porque os ônibus co­meçam a circular na cidade às cinco horas da manhã, e se as empresas não tiverem garan­tido o pagamento antes deste horário, faremos assembléias nos portões das duas empresas para reafirmar nosso estado de greve. Caso elas se com­prometam a pagar os salários devemos voltar integralmente a trabalhar”, afirma.

A Justiça do Trabalho agen­dou para a próxima terça-feira (8) uma nova audiência virtual entre o sindicato e o consórcio. Sobre o repasse de R$ 17 mi­lhões, o sindicalista afirma que estes recursos dizem respeito ao PróUrbano e não aos traba­lhadores do setor. “Somos con­tratados pela Rápido D”Oeste e pala Transcorp e não pelo PróUrbano. Portanto, nossos vínculos trabalhistas são com as duas empresas, e são elas que tem de nos pagar”, afirma.

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