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Onde está o limite?

Às vésperas das eleições, é natural que o assunto também entre para a cena das empresas e organizações. Afinal, o tema está entranhado em toda sociedade e neste ano, promovendo um debate intenso nas famílias, nos espaços de convivência e principalmente pelas redes sociais.

O envolvimento da sociedade como um todo, em um processo eleitoral, demonstra o sentimento de responsabilida­de que cada cidadão tem (ou precisa ter) pelo futuro do País, bem como, pressiona candidatos e eleitos a agirem no sentido daquilo que foi proposto durante a campanha. A participa­ção de líderes nas empresas e/ou empreendedores também é bastante importante.

As pessoas que estão à frente de empresas e das mais diversas organizações sociais, têm compromissos diários com a vida de muitas pessoas. E por isso, é comum percebê-las ainda mais envolvidas com o processo eleitoral.

A liderança implica, inevitavelmente, em responsabi­lidade superior. Por outro lado, discutir os limites para a interferência das lideranças de uma empresa sobre suas equipes, na escolha dos melhores candidatos, também parece ser importante.

Enquanto participar da vida política do País, expressando as próprias opiniões, ouvindo opiniões contrárias, e buscando chegar à tomada de decisão entendida como melhor para o momento, seria algo bastante desejável.

Por outro lado, as pessoas podem cometer o exagero de tentar forçar outros indivíduos a acreditarem naquilo que o chefe entende como mais adequado, porque existe uma rela­ção hierárquica muito clara entre líderes e liderados.

Utilizar-se dessa condição para convencer as equipes a votar em um ou outro candidato pode caracterizar, em alguns casos, um ato de coerção.

A liderança tem total liberdade para expressar suas opi­niões entendendo que elas são melhores para o todo. Isso é, na minha visão, muito saudável. Mas, constranger as pessoas no ambiente de trabalho por conta de estar em uma condição hierárquica superior pode ser negativo para os relacionamen­tos e trazer problemas futuros para o rendimento dos profis­sionais envolvidos.

Não devemos tratar as empresas como um mundo apartado da política, mas temos que entender que as eleições vão passar e seguiremos com os desafios nas em­presas e na própria carreira para serem superados. Pre­cisaremos das pessoas no dia a dia com estado de ânimo favorável. Por isso, é preciso ter respeito e cuidados com as pessoas nas quais convivemos diariamente. É com elas que trabalharemos para encarar, da melhor forma possí­vel, os obstáculos que teremos pela frente.

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