Tribuna Ribeirão
Saúde

OMS diz que mundo está perto da vacina

KIM KYUNG-HOON

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que há pelos menos 20 vacinas sendo elaboradas em diferen­tes partes do mundo e que a cada dia “estamos mais perto de uma vacina e de tratamen­tos eficientes para conter o coronavírus”.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 6 de março, repre­sentantes da entidade concen­traram suas falas na contenção a propagação do vírus. A or­ganização ainda não classifica o surto como uma pandemia. Segundo a OMS, há 100.347 casos confirmados de corona­vírus (Covid-19) em 47 países. Em 24 horas, mais 2.706 pa­cientes foram diagnosticados com a doença. São 3.383 mor­tes em todo o mundo.

A OMS informa que fora da China são 19.774 casos confirmados e mais de 260 mortes. Em território chinês são 80.710 pessoas com o Co­vid-19 e 3.045 mortes – in­cluindo duas em Hong Kong e uma em Taiwan. Os principais sintomas do coronavírus são febre, tosse e coriza. O perío­do de incubação do vírus pode chegar a 14 dias, após o con­tato com alguém infectado. A transmissão pode ocorrer, em média, sete dias após o início dos sintomas.

A organização mantém a diretriz de que todos os casos graves devem passar por tes­tes para coronavírus, numa seleção clínica. Cada país deve criar parâmetros para isolar pacientes e identificar qual é a melhor forma de tratamen­to. Ainda é difícil calcular a taxa de mortalidade do vírus porque ele afeta populações de maneiras diversas, mas a OMS está trabalhando com modelos matemáticos. O que se sabe é que a idade avançada e a saúde frágil podem levar à morte por coronavírus.

Os representantes da OMS disseram também que não é possível afirmar que a che­gada do calor no Hemisfério Norte vá diminuir a ação do vírus. “Ainda não sabemos os diferentes comportamen­tos do vírus em diferentes cli­mas”, afirmou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus. A entidade não incentiva restrições de viagens em massa, mas informou que é preciso manter restrições para locais onde há evidência de surto do vírus.

A OMS voltou suas preo­cupações para os países com sistema de saúde mais frágil, onde o coronavírus poderia ser mais danoso e mortal. A orga­nização frisou que é preciso impedir que essas populações em risco nas regiões mais vul­neráveis sejam afetadas pelo vírus de Wuhan.

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