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Ofício questiona posse na Faesp

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A novela da disputa pela diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) – a “Fiesp do agronegócio” – ganhou mais um capítulo. O Sindicato Rural de Ribeirão Preto questiona, por meio de ofício, a solenidade de pos­se da nova diretoria. O pre­sidente da entidade, Paulo Maximiano Junqueira Neto, alega que a eleição na Faesp está “sub judice”.

Ele questiona valores e pa­gamentos da solenidade, mar­cada para o próximo dia 14 de abril, no Theatro Municipal de São Paulo. No ofício assinado por Paulo Junqueira, o Sindi­cato Rural de Ribeirão Preto diz que um recurso da direto­ria eleita na Ação Declaratória de Inelegibilidade, em trâmite na 23ª Vara do Trabalho de São Paulo, indica que “tornará nulo todos os atos praticados, sem sombra de dúvidas e in­clusive a cerimônia festiva do próximo dia 14”.

A entidade ribeirão-preta­na pergunta pelo ofício se há algum “valor pago pela Faesp para o custeio deste evento? (aluguel, buffet, hospedagens, transportes, diárias e etc)? Quem está bancando referi­do evento? Consta no convite que: “Não haverá reserva de hotel feito pela Faesp”, “Qual­quer dúvida sobre o reembol­so de despesas, me procure no particular”. A Faesp irá realizar o reembolso das despesas dos “convidados selecionados?”

Junqueira indaga ainda o porquê somente os sindica­tos “selecionados” receberam o convite, “sendo que todos fazem parte da federação”. A Faesp irá arcar com os descon­tos cedidos pelos hotéis nas diárias?”. Paulo Junqueira dis­se ao jornal Tribuna que não gosta da forma como eles es­tão tocando a Federação, mas como presidente de sindicato, mesmo sendo oposição, deve­ria ter sido convidado.

Outro lado
Procurado pela nossa re­portagem Tirso Meirelles, filho do atual presidente da entidade, Fábio Meirelles, de 96 anos e no cargo há 48, não respondeu até o fechamen­to da edição. A Federação da Agricultura e Pecuária do Es­tado de São Paulo (Faesp) en­viou nota para a redação.

“Informamos que a sole­nidade para a celebração de posse da nova diretoria está mantida. Quaisquer questio­namentos sobre isso são ilações sem fundamento jurídico com a clara finalidade de desvirtuar os fatos”, diz o comunicado.

Entenda o caso
Em novembro passado a Justiça do Trabalho anulou a eleição para presidente da Fa­esp que elegeria para o pos­to Tirso Meirelles. A decisão ocorreu após ação do fazendei­ro Paulo Junqueira, presidente do Sindicato e da Associação Rural de Ribeirão Preto, que tem o apoio de aliados do go­vernador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Ele tentou registrar uma chapa de oposição, mas não conseguiu. A direção da Fa­esp argumentou que Junquei­ra não apresentou todos os documentos necessários para o registro. A juíza do Traba­lho, Marcia Ishirugi, atendeu ao pedido de Junqueira, de­terminou a publicação de um novo edital convocando novas eleições para, no máximo, 3 de janeiro de 2024.

A magistrada considerou que, ao contrário do que prevê o estatuto da entidade, a Faesp não ficou aberta por oito horas diárias durante os cinco dias em que as candidaturas po­deriam ser registradas. Houve fechamento durante o sábado e o domingo.

Junqueira acusa seu ad­versário na disputa, Tirso Meirelles, de instrumentalizar o poder que detém na vice­-presidência da entidade para inviabilizar uma chapa de oposição. Tirso é filho do pre­sidente da organização, Fábio Meirelles, um produtor rural de 96 anos, dos quais metade, 48 anos, passou no cargo.

A diretora jurídica da Faesp, Angela Gandra Martins, rebate a versão e garante que a comis­são eleitoral tem independên­cia. Segundo ela, Junqueira não foi capaz de cumprir os ritos exigidos no estatuto da organi­zação e agora tenta desmorali­zar os Meirelles.

O imbróglio não se dá ao acaso. A Faesp mantém sob seu guarda-chuva 235 sindicatos rurais patronais distribuídos pelos 645 municípios paulis­tas. Também é acionista da Agrishow, principal feira do se­tor no país e que gerou R$ 13,29 bilhões em negócios na última edição, realizada em maio deste ano, em Ribeirão Preto.

A organização ostenta um orçamento anual de aproxima­damente R$ 60 milhões, acu­mulados mediante parcelas de contribuições sindicais, parce­rias com governos e empresas e repasses do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), do sistema S, para oferecer cursos para produtores do campo.

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