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Obrigação de participar da política

A Nação brasileira está vivendo, atualmente, um dos momentos mais tristes de sua história: de uma só vez enfrentamos a crise econômica (levando ao desemprego cerca de 14 milhões de trabalhadores); a crise moral (chegando ao absurdo das pessoas defenderem como norma de vida levar vantagens em tudo, custe o que custar, a ponto de considerar “bobo” quem é honesto) e, finalmente, a crise política (mostrando, através de inúmeras denúncias e sentenças agentes públicos – políticos e dirigentes de estatais – usando seus cargos para realizarem negociatas somando bilhões de reais).

O dinheiro dos impostos, que deveria ser aplicado em setores básicos (educação, saúde, saneamento básico, segurança pública etc), foi e está sendo desviado para os bolsos de malandros e ladrões.

Infelizmente, por leis imperfeitas e outros motivos, também o Poder Judiciário não consegue cumprir suas obrigações com a rapidez desejada pela própria sociedade: os processos adormecem nos tribunais e, enquanto percorrem as várias instâncias judiciais, muitas vezes até prescrevem, deixando os criminosos impunes; fica, até mesmo, a imagem de que, no Brasil, o crime compensa e os corruptos e corruptores acabam levando vantagens.

Não podemos, como brasileiros e patriotas, aceitar que a situação continue assim, indefinidamente. No sistema democrático cumpre aos políticos criar leis e realizar ações administrativas garantindo ao povo justiça, desenvolvimento social, desenvolvimento econômico, segurança e paz.

A classe política, lamentavelmente, não vem cumprindo com tais obrigações tornando-se, assim, conforme evidenciam pesquisas de opinião pública recentes, muito mal avaliada pela própria população a qual deveria servir.

E isto ficou muito claro em pesquisa recente, realizada pelo “Fórum Econômico Mundial” sobre “confiança do público nos políticos”, mostrando um dado entristecedor: o Brasil aparece na 137ª posição, o último lugar, já que são 137 os países integrantes desse índice.

É, realmente, uma vergonha! Precisamos reagir. Onde estão os bons que não se unem para organizar um Brasil novo onde o povo sinta orgulho e não vergonha dos seus políticos?
A política está suja? Vamos participar e limpá-la…

Não basta, apenas, criticar e reclamar: vamos fazer a nossa parte! O Brasil precisa de todos nós. É necessário e urgente, conforme proclama o próprio papa Francisco numa eloqüente mensagem:
“Envolver-se na política – diz Francisco – é uma obrigação para um cristão. Nós, os cristãos, não podemos nos fazer de Pilatos e lavar as mãos, não podemos! Temos de nos meter na política, porque a política é uma das formas mais altas de caridade, porque busca o bem comum. Os leigos cristãos devem trabalhar na política. A política está muito suja, mas eu pergunto: ‘está suja por quê?’. Por que os cristãos não se meteram nela com espírito evangélico? É a pergunta que eu faço. É fácil dizer que a culpa é dos outros… Mas eu, o que eu faço? Isso é um dever. Trabalhar para o bem comum é um dever do cristão”.

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