Levantamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP) contabilizou 726 obras paralisadas ou atrasadas sob responsabilidade do governo estadual ou dos municípios paulistas. Os valores iniciais dos contratos passam de R$ 20 bilhões. As informações, que têm como data-base dia 11 de outubro deste ano, fazem parte do painel sobre o tema, que acaba de ser atualizado.
Os dados representam uma queda de 7,40% no total de projetos atrasados ou paralisados, já que, em abril, 784 estavam nessa situação, 58 a menos. Desde que a ferramenta foi lançada, em março de 2019, a quantidade de paralisações e atrasos têm diminuindo de forma consistente. Entre a primeira e a última atualização do painel, o total de empreendimentos atrasados ou paralisados passou de 1.677 para os atuais 726, redução de 56,71% e 951 a menos.
A obra há mais tempo sem ser concluída é a reforma e construção de edificações do Museu da História do Estado de São Paulo. Prevista para ser entregue em fevereiro de 2011, já recebeu mais de R$ 93 milhões– embora o contrato inicial previsse investimentos de cerca de R$ 61 milhões. As 27 maiores intervenções paralisadas ou atrasadas são estaduais.
Entre as municipais, a de maior valor inicial totaliza quase R$ 130 milhões. O contrato foi assinado entre a prefeitura de Bauru e a Com Engenharia e Comércio Ltda. para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto Vargem Limpa. O projeto, que deveria ter ficado pronto em outubro de 2016, já recebeu R$ 105.154.232,59 dos cofres públicos.
Ribeirão Preto aparece na lista com duas obras: uma municipal e outra estadual. A de responsabilidade da prefeitura, a construção da Escola de Ensino Fundamental (Emef) Domingos Angerami, no Jardim Pedra Branca, no Complexo Ribeirão Verde, aparece como obra retomada.
Paralisada desde novembro do ano passado, quando a W. Andrade Construtora e Engenharia abandonou os serviços, foi retomada no dia 11 de novembro pela Atlântica Construções, que ganhou o certame para conclusão com a proposta de R$ 1.993.129,47. A unidade escolar atenderá alunos do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano, totalizando 800 vagas. O prazo para execução da obra é de 90 dias e a previsão é de entrega para fevereiro de 2024.
Já a obra do governo estadual paralisada na cidade é a de construção de um edifício para área pedagógica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com a assessoria de imprensa da USP, a construção do edifício não foi paralisada, somente prorrogada a data de entrega, situação prevista em contrato, em função das chuvas, mas que deve ser entregue ainda este ano.