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Obras paradas geram multas

FOTO: ALFREDO RISK

A prefeitura de Ribeirão Preto começou a aplicar parte da multa de R$ 5.186.600 às empresas Contersolo Cons­trutora e Coesa Engenha­ria, responsáveis por quatro obras paralisadas das 30 que integram do Programa Ri­beirão Mobilidade – a versão tucana do Programa Acelera­ção do Crescimento II – PAC da Mobilidade.

Duas autuações foram pu­blicadas no Diário Oficial do Município (DOM) de quar­ta-feira, 18 de agosto. Até o momento, a administração municipal já emitiu multas no valor total de R$ 3.731.740,97, cerca de 72% dos R$ 5.186.600 previstos como penalidade. A prefeitura já anunciou que vai abrir novas licitações para con­cluir as quatro obras paralisa­das do Ribeirão Mobilidade.

Estão na lista dois viadutos na avenida Brasil (Zona Nor­te), o túnel da praça Salvador Spadoni (Zona Sul), e dos cor­redores de ônibus das aveni­das Dom Pedro I e Saudade/ Rua São Paulo (Zona Norte). A Contersolo era responsável pela construção dos viadutos e do túnel. A Coesa Engenharia era responsável pelos dois cor­redores de ônibus.

O valor total das obras é de R$ 92.778.335.24 e o saldo re­manescente, segundo a Secre­taria Municipal de Obras Pú­blicas, é de R$ 51.866.000. Por isso o valor da multa será de R$ 5.186.600. Segundo o DOM, a Coesa Engenharia foi autuada em R$ 2.031.921,54 pelo aban­dono da obra de construção dos dois corredores de ônibus.

A penalidade foi calcu­lada sobre o saldo remanes­cente das duas obras, de R$ 20.319.215,47. Já a autuação da Contersolo Construtora chega a R$ 1.699.819,43 e é referente às obras do túnel da praça Salvador Spadoni, sob a avenida Nove de Julho. O cálculo tem por base o saldo remanescente, de R$ 16.998.194,35.

No caso da Contersolo, ainda faltam ser aplicadas as penalidades referentes aos dois viadutos, que deverão totalizar R$ 1.454.859,00, valor referen­te ao saldo remanescente de R$ 14.548.590,18. Os dois viadu­tos da avenida Brasil estão sen­do construídos nos cruzamen­tos com as avenidas Mogiana e Thomaz Alberto Whately, na região do Jardim Aeroporto, Zona Norte.

O túnel vai passar sob a ave­nida Nove de Julho, no Jardim Sumaré, Zona Sul, para ligar as avenidas Independência e Presi­dente Vargas. As avenidas Dom Pedro I e Saudade/Rua São Paulo ficam nos bairros Ipiran­ga e Campos Elíseos, na Zona Norte. A multa corresponde ao percentual de 10% do saldo remanescente das obras.

Prevista em cláusula con­tratual, a multa foi anunciada pela prefeitura em 22 de julho, quando a administração muni­cipal decidiu rescindir os con­tratos com as duas empresas. Além das autuação, as empre­sas também ficarão proibidas de participar de licitações da prefeitura de Ribeirão Preto.

O contrato do viaduto da avenida Thomaz Alberto Wha­tely é de R$ 13.284.955,62. A Contersolo Construtora con­cluiu 44% da intervenção, que começou em abril de 2020 e deveria ser entregue em junho deste ano. Já o viaduto da ave­nida Mogiana estava orçado em R$ 19.870.000,00. A em­presa concluiu 62% das obras, que começaram em novembro de 2019 e deveriam ficar pron­tas em janeiro deste ano.

O contrato do túnel da ave­nida Presidente Vargas é de R$ 19.882.700,02. A Contersolo Construtora concluiu 14% das obras. A intervenção teve iní­cio em agosto do ano passado e deveria ficar pronta em dezem­bro de 2021. Já os dois corredo­res de ônibus na Zona Norte, nas avenidas Dom Pedro I, no Ipi­ranga, e Saudade, nos Campos Elíseos, são de responsabilidade da Coesa Engenharia.

O valor da intervenção é de R$ 39.740.679,60. A cons­trutora concluiu 50% das obras, que começaram em janeiro do ano passado e de­veriam ter sido entregues em janeiro de 2021. Tanto a Con­terslo como a Coesa suspende­ram os trabalhos alegando au­mento do preço dos insumos – materiais de construção.

Agora, não há mais prazo para a conclusão das interven­ções. Uma licitação demora no mínimo 90 dias para ser fina­lizada, caso não haja interpo­sição de recursos por nenhum dos participantes. Significa que as obras dos viadutos, do túnel e dos corredores de ônibus po­dem ser retomadas apenas em 2022. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou inquérito civil para apurar a paralisação das obras. O inves­timento total no Ribeirão Mo­bilidade se aproxima de R$ 500 milhões.

São R$ 310 milhões prove­nientes de recursos do Progra­ma de Aceleração do Cresci­mento II – PAC da Mobilidade Urbana e do Saneamento, do governo federal e, o restante do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) e ou­tras agências de crédito.

Ao todo, serão implantados onze corredores de ônibus em Ribeirão Preto, num total de 56 quilômetros percorrendo as principais avenidas do muni­cípio, além de pontes, túneis e viadutos que irão proporcionar maior conforto a 4.154.118 usu­ários do transporte público.

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