As obras de mobilidade e de restauro e revitalização da centenária avenida Nove de Julho, um dos cartões postais de Ribeirão Preto, será feita simultaneamente por três equipes de trabalhadores da Construtora Metropolitana, do Rio de Janeiro, que venceu a concorrência pública.
Na quarta-feira, 14 de junho, a empresa apresentou um detalhado plano de execução aos representantes dos setores do comércio e de serviços. Serão três frentes de trabalho. A primeira vai se concentrar na restauração da avenida e na construção de um corredor exclusivo para ônibus em toda a extensão da Nove de Julho.
Outra equipe vai construir uma galeria de águas pluviais na rua Comandante Marcondes Salgado, enquanto a terceira turma vai fazer uma galeria idêntica na rua São José. As duas galerias vão solucionar o alagamento da região Central.
Vão criar uma ligação subterrânea entre as avenidas Nove de Julho e Doutor Francisco Junqueira. Hoje, as águas da chuva que descem do Alto da Cidade, acumulam na região do Shopping Santa Úrsula e, em seguida, ainda mais abaixo, em outras ruas do Centro. Com a construção das duas galerias, descerão subterraneamente, direto para o córrego Retiro Saudoso.
Para evitar grandes intervenções no trânsito, os trabalhos serão executados a cada dois quarteirões, tanto nas ruas Marcondes Salgado e São José quanto na avenida Nove de Julho. A ideia é que as obras não interrompam o funcionamento do comércio e da prestação de serviços na centenária avenida, que abriga um dos principais centros comerciais de Ribeirão Preto.
Cada equipe contará com 25 homens, além de um coordenador específico. E o canteiro de obras, com refeitório, almoxarifado, oficina e banheiros, será montado na Nove de Julho entre a Floriano Peixoto e a Marechal Deodoro, num trecho do canteiro central onde não há árvores.
Plantadas em 1949 e tombadas em 2008, todas as sibipirunas serão preservadas, assim como os paralelepípedos e os azulejos portugueses que formam os mosaicos do canteiro central. Eles serão retirados e recolocados de forma totalmente alinhada.
No caso dos paralelepípedos, depois de retirados, será feita uma compactação de terra no subleito. Em seguida, a base do solo receberá uma camada de brita e, sobre ela, outra camada de 12 centímetros de concreto armado. Depois, o piso ainda receberá um berço de areia compactado.
Somente após esta etapa, receberá novamente os paralelepípedos, que não correrão o risco de voltar a sofrer os desníveis atuais que, há vários anos, têm incomodado motoristas e usuários de ônibus. Nos próximos dias, a Construtora Metropolitana vai apresentar um cronograma detalhado de cada trecho da obra.
Por fim, receberá uma ordem de serviço assinada pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB) para início dos trabalhos. A Construtora Metropolitana venceu a licitação e vai receber R$ 31.132.101,77 pelo serviço. O prazo para a execução das obras é de doze meses.
“A Nove de Julho faz parte da história de Ribeirão Preto. Sua restauração e os outros benefícios que a obra trará, como o corredor de ônibus e as ações antienchente, são um presente para todos nós, ribeirão-pretanos, neste aniversário da cidade”, diz o prefeito.
Após a conclusão das obras de mobilidade e de restauro e revitalização da centenária avenida Nove de Julho, o estacionamento de veículos no canteiro central será proibido por causa da implantação de corredor de ônibus do transporte coletivo.
Além de representantes das secretarias de Obras Públicas, Casa Civil e Água e Esgotos e da Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp), participaram da reunião os dirigentes da Associação Comercial e Industrial (Acirp), Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDLRP), do Sindicato de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares de Ribeirão Preto, Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sincovarp) e do Grupo Multiplan.