A obra do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Mais do Idoso, na Vila Virgínia, Zona Oeste de Ribeirão Preto, que tinha previsão de conclusão para dezembro de 2022, vai atrasar de novo. Com mais de 80% dos trabalhos executados, a prefeitura dizia que o equipamento seria entregue em abril deste ano, após novo aditivo e correção do prazo, mas ficou para o segundo semestre.
A OTT Construções e Incorporações que receberá R$ 9.977.605,62 a mais para concluir a obra do AME Mais Regional do Idoso, aumento de 28,2% em relação ao valor do contrato original, de R$ 35.335.000, assinado em 2020 solicitou nesta terça-feira, 28 de fevereiro, aditamento de prazo de 120 dias para a conclusão e entrega do complexo hospitalar. Ou seja, mais quatro meses. Com o aditamento, publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de 23 de agosto do ano passado, a obra custará R$ 45.312.605,62.
A justificativa, segundo a empresa, se deve pela instabilidade climática dos últimos meses, em que ocorreram fortes chuvas, fato que atrasou a obra. Além de outros fatores como furto de cabos elétricos e demora na reposição que depende de encomenda e definição de projeto de instalação elétrica para os equipamentos médicos e de diagnósticos que dependem da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Em 15 de outubro do ano passado, foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo a convocação pública de organização social de saúde (OSS) que ficará responsável em gerenciar o Ambulatório Médico de Especialidades (AME) Mais Regional do Idoso.
Mais de 25% acima
O reajuste de agosto foi o quinto termo de ajustamento de preço feito pela prefeitura de Ribeirão Preto desde o início da construção do AME Mais, em 2020. O novo valor está 26% acima do valor previsto no edital de licitação, de R$ 35.956.839,45, acréscimo de R$ 9.355.766,17. Antes, estava 1,7% abaixo – o desconto era de R$ 621.839,45 sobre o valor estimado, segundo dados divulgados na época em que o processo licitatório foi finalizado.
Nota da Saúde
Em nota enviada ao Tribuna, em 2022, a Secretaria Municipal de Saúde informou que “imprevistos” deixaram a obra mais cara. O Estado anunciou investimento de R$ 19,5 milhões do governo paulista na aquisição de equipamentos e mobiliário, o equipamento é o primeiro da região e trará mais acolhimento aos moradores da cidade e da população dos demais 25 municípios que integram o 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII).
Está sendo construído em um terreno com mais de 17 mil metros quadrados. Com mais de 7,9 mil metros quadrados de edificação, o prédio contará com instalações hospitalares de primeiro mundo, equipamentos médicos de última geração e atenderá, aproximadamente, 1,5 milhão de pessoas de Ribeirão Preto e região.
Estrutura
Atenderá 26 especialidades médicas, desde a primeira consulta, diagnóstico, tratamento e cirurgias, se necessário. Serão 23 consultórios, 22 salas de exames e quatro centros cirúrgicos, permitindo o funcionamento como hospital-dia para a realização de cirurgias de baixa e média especialidades.
Consultas
Realizará mais de sete mil consultas médicas e não médicas por mês (84 mil por ano), cerca de 37 mil procedimentos diagnósticos (exames) por mês e 6,8 mil cirurgias em nove especialidades por ano. O prédio terá ainda 23 salas de apoio. Será equipado com aparelhos médicos para a realização de 38 tipos de exames, dos mais simples aos mais complexos, com alta tecnologia e rapidez.