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Obra de restauro do Palácio Rio Branco custará R$ 6 milhões

Palácio Rio Banco vai completar 107 anos em 26 de maio: construção do teve início em 3 de agosto de 1915 e a obra ficou pronta em abril de 1917 (Alfredo Risk)

O prefeito Duarte Nogueira (PSDB) e o secretário municipal da Cultura e Turismo, Pedro Leão, assinaram nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, o documento que autoriza a abertura de licitação para as obras de restauração do Palácio Rio Branco em 26 de maio vai completar 107 anos.  
 
Ao lado do Theatro Pedro II, do Centro Cultural Palace, do Edifício Antonio Diederichsen, de alguns palacetes no Centro Histórico e dos casarões que hoje formam o Complexo dos Museus, no campus da Universidade de São Paulo |(USP), o palácio é um dos símbolos da pujança de Ribeirão Preto no início do século passado, riqueza alicerçada nas fortunas dos barões do café, principalmente. 
 
O projeto, desenvolvido pela empresa Corsi Arquitetura e Construções, foi aprovado em reunião extraordinária do Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac), em 19 de janeiro, e atende às necessidades atuais do edifício, inaugurado em 1917.  
 
A obra tem valor estimado de R$ 6 milhões e a execução será feita em dois anos. O objetivo da prefeitura de Ribeirão Preto é preservar a estrutura e adequar os espaços com obras de acessibilidade, para se tornar multifuncional e abrigar atividades culturais. 
 
Após décadas servindo como sede do Poder Executivo, o Palácio Rio Branco se aproxima de se tornar um espaço dedicado totalmente à promoção da cultura, referência em Ribeirão Preto, como um equipamento público moderno e funcional para a sociedade”, destaca o prefeito Duarte Nogueira. 
 
Uma parte do projeto trata da adequação do porão para dar um uso funcional e com acessibilidade completa, inclusive com acesso independente (elevador) voltado para a Duque de Caxias. A ideia é que o espaço abrigue a Escola de Arte do Bosque, que hoje está em funcionamento no Centro Cultural Palace. 
 
Outra parte importante das obras de restauração e adequação trata da climatização dos ambientes com equipamentos atuais, permitindo a retirada de antigos aparelhos de arcondicionado instalados nas fachadas do palacete histórico. 
 
Nossa proposta é que o Palácio Rio Branco seja um espaço multifuncional e democrático de promoção das artes, propiciando o desenvolvimento de atividades e eventos culturais e fortalecendo a memória cultural da nossa cidade”, pontuou o secretário da Cultura e Turismo, Pedro Leão. 
 
Fora isso, o prédio terá destinação exclusiva cultural, sendo que os salões do primeiro andar contarão com uma agenda de atividades contemplando exposições, ações formativas de cultura, saraus e apresentações diversas, segundo a Secretaria de Cultura e Turismo. 
 
A intervenção trata do resgate da edificação do Palácio Rio Branco. O projeto de restauração e reforma contempla um café, espaços para formação permanente, acessibilidade completa com elevador externo, banheiros em todos os pisos, dentre outras coisas.  
 
Palácio Rio Branco
O Palácio Rio Banco vai completar 107 anos em 26 de maio. A construção do teve início em 3 de agosto de 1915 e a obra ficou pronta em abril de 1917. O prédio conta com dois pavimentos e um porão, tem 600 metros quadrados de área coberta, totalizando 1.800 metros quadrados de construção. O estilo de sua fachada é uma transição do barroco para o moderno e foi inspirado nas fachadas arquitetônicas do início do século da França. 
 
O nome escolhido foi uma homenagem ao Barão do Rio Branco, falecido em 1912. A herma na praça em frente ao palácio, construída em 1913, foi a “pedra fundamental” para da obra do palacete. O monumento foi restaurado em 2018 depois de ser alvo de vândalos. Durante seus anos iniciais, o imóvel foi a sede da Câmara dos Vereadores, da prefeitura, da Procuradoria e outros órgãos políticos.  
 
No início do século 20, o poder conferido aos coronéis do café da cidade, que tinha a maior produção cafeeira do mundo, era exercido no interior dos salões. Em grandes mesas no Salão Nobre, fazendeiros milionários, muitas vezes nomeados vereadores sem eleição, fechavam negócios e determinavam os destinos econômicos da cidade, do estado e, muitas vezes, do Brasil.  
 
O governo municipal (Câmara e prefeitura) funcionou conjuntamente no Palácio Rio Branco até 1956, quando o Legislativo foi transferido para o antigo prédio da Sociedade Recreativa e de Esportes, na rua Barão do Amazonas nº 323, onde fica hoje o Museu de Arte de Ribeirão Preto (Marp). Foi a sede da prefeitura até 1º de setembro de 2022. 
 
O Palácio Rio Branco tem dois salões que marcaram as grandes decisões da política e economia de Ribeirão Preto, o Rosa, nomeado como Orestes Lopes de Camargo, e o Salão Nobre Antônio Duarte Nogueira, pai do atual prefeito. Hoje, estes salões representam a história viva de Ribeirão Preto.  
 
Em 2017, uma “cápsula do tempo” foi enterrada em frente ao Palácio Rio Branco. Uma edição do jornal Tribuna está entre os itens que o prefeito Duarte Nogueira guardou no compartimento. O objeto será aberto em 2056, ano do bicentenário de fundação da cidade. O tombamento do prédio ocorreu em 28 de março de 1988, pela lei nº 5.243.  
 

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