O Brasil superou 6,4 milhões de casos de dengue e deve ultrapassar a marca de 4.900 vítimas fatais em decorrência da doença. Desde o início do ano, já são 6.430.659 contágios e 4.897 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Outros 2.221 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 3.166,8 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes – acima de 300 já é epidemia.
A taxa de letalidade é de 0,08 no geral e de 5,32 em casos graves, a pior epidemia da história. O número de casos registrados em pouco mais de cinco meses de 2024 também é o maior da série histórica. Supera em 287,67% os 1.658.816 de todo o ano passado, 4.771.843 a mais.
Além disso, superou a estimativa do Ministério da Saúde, que previa cerca de 4,2 milhões de ocorrências. Também quebrou o recorde de óbitos de 2023, de 1.079, o maior da série histórica iniciada em 2000. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizados nesta terça-feira, 31 de julho, pelo do Ministério da Saúde.
Do total de casos, 91.972 são graves ou com sinais de alarme. No balanço anterior eram 6.425.311 ocorrências no país – hoje são 5.348 a mais –, 3.164,2 por grupo de 100 mil habitantes. O país somava 4.856 mortes em decorrência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e 2.234 estavam em investigação. Entre os casos prováveis, 54,8% são de mulheres e 45,2% de homens.
A faixa etária dos 20 aos 29 anos responde pelo maior número de ocorrências de dengue no país (1.177.789). Em seguida vêm os grupos de 30 a 39 anos (1.034.059) e de 40 a 49 anos (975.390). Segundo o painel do Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo superou dois milhões de casos. Soma 2.060.194 contra 2.058.129 do balanço anterior.
De acordo com o painel, 23.709 dos 2.060.194 casos são graves com sinais de alerta. São 1.523 óbitos em decorrência da doença, contra 1.493 do balanço anterior. Estado decretou emergência após superar a marca de 300 casos por 100 mil habitantes. Oitenta por cento dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão dentro das casas.
Ribeirão Preto tem 38.302 ocorrências deste ano já são o maior volume da história da cidade, superando em 9,3% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 3.259 a mais em menos de sete meses, além de 53.328 sob investigação. Também já soma 26.001 a mais que as 12.301 de 2023, aumento de 211,37%. São dez mortes em decorrência de dengue em 2024. Em menos de seis anos já são 33 óbitos.