O Brasil superou 6,4 milhões de casos de dengue e ultrapassou a marca de 5.100 vítimas fatais em decorrência da doença. Desde o início do ano, já são 6.487.793 contágios e 5.166 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Outros 2.045 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 3.195 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes – acima de 300 já é epidemia.
A taxa de letalidade é de 0,08 no geral e de 5,38 em casos graves, a pior epidemia da história. O número de casos registrados em pouco mais de cinco meses de 2024 também é o maior da série histórica. Supera em 291,11% os 1.658.816 de todo o ano passado, 4.828.977.
Além disso, superou a estimativa do Ministério da Saúde, que previa cerca de 4,2 milhões de ocorrências. Também quebrou o recorde de óbitos de 2023, de 1.079, o maior da série histórica iniciada em 2000. São 4.060 a mais, alta de 376,27%. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizados nesta quinta–feira, 21 de agosto, pelo do Ministério da Saúde.
No balanço anterior eram 6.487.301 ocorrências no país – hoje são 492 a mais –, 3.194,7 por grupo de 100 mil habitantes. O país somava 5.139 mortes em decorrência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e 2.048 estavam em investigação. Entre os casos prováveis, 55% são de mulheres e 45% de homens.
A faixa etária dos 20 aos 29 anos responde pelo maior número de ocorrências de dengue no país (1.189.059). Em seguida vêm os grupos de 30 a 39 anos (1.045.348) e de 40 a 49 anos (984.849). Segundo o painel do Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo superou dois milhões de casos. Soma 2.091.040 contra 2.089.224 do balanço anterior.
De acordo com o painel, 24.633 dos 2.091.040 casos são graves com sinais de alerta. São 1.620 óbitos em decorrência da doença, contra 1.617 do balanço anterior. Estado decretou emergência após superar a marca de 300 casos por 100 mil habitantes. Oitenta por cento dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão dentro das casas.
Ribeirão Preto tem ocorrências este ano, o maior volume da história da cidade, superando em 15,55% o recorde de 35.043 registrado em 2016. São 5.448 a mais em pouco mais de oito meses, além de 55.705 sob investigação. Também já soma 28.189 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 229,14%. São dez mortes em decorrência de dengue e 15 sob investigação em 2024. Em menos de seis anos já são 33 óbitos.