O Brasil superou a barreira de 6,1 milhões de casos de dengue e a marca de 4.200 vítimas fatais em decorrência da doença. Desde o início do ano, já são 6.159.160 contágios e 4.250 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Outros 2.730 óbitos estão em investigação. O coeficiente de incidência no país, neste momento, é de 3.033,1 ocorrências para cada grupo de 100 mil habitantes – acima de 300 já é epidemia.
A taxa de letalidade é de 0,07 no geral e de 5,19 em casos graves, a pior epidemia da história. O número de casos registrados em pouco mais de cinco meses de 2024 também é o maior da série histórica. Supera em 271,3% os 1.658.816 de todo o ano passado, 4.500.344 a mais.
Além disso, superou a estimativa do Ministério da Saúde, que previa cerca de 4,2 milhões de ocorrências. Também quebrou o recorde de óbitos de 2023, de 1.079, o maior da série histórica iniciada em 2000. Os dados são do Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizados nesta sexta-feira, 28 de junho, pelo do Ministério da Saúde.
Do total de casos, 81.883 são graves ou com sinais de alarme. No balanço anterior eram 6.148.161 ocorrências no país – hoje são 10.999 a mais –, 3.027,7 por grupo de 100 mil habitantes. O país somava 4.207 mortes em decorrência da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e 2.765 estavam em investigação. Entre os casos prováveis, 54,8% são de mulheres e 45,2% de homens.
A faixa etária dos 20 aos 29 anos responde pelo maior número de ocorrências de dengue no país (1.124.615). Em seguida vêm os grupos de 30 a 39 anos (985.643) e de 40 a 49 anos (931.906). Segundo o painel do Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo soma 1.910.560 contra 1.904.457 do balanço anterior.
De acordo com o painel, 21.246 dos 1.910.560 casos são graves com sinais de alerta. São 1.265 óbitos em decorrência da doença, ante 1.227 de quinta-feira (27). Estado decretou emergência após superar a marca de 300 casos por 100 mil habitantes. Oitenta por cento dos criadouros do mosquito Aedes aegypti estão dentro das casas.
Ribeirão Preto já tem o maior volume de casos em oito anos, desde 2016, quando a dengue atingiu 35.043 pessoas. São 33.890 ocorrências em 2024 – além de 49.701 sob investigação –, 21.588 a mais que as 12.302 de 2023, aumento de 175,48% em quase seis meses. Dez pessoas morreram na cidade vítimas do mosquito Aedes aegypti, contra nove de 2023. Em menos de seis anos já são 33 óbitos.