O ano começou com duas mortes no trânsito de Ribeirão Preto, em janeiro, disparou para nove em fevereiro, recuou para cinco em março, permaneceu em cinco em abril, subiu para sete em maio, voltou para cinco em junho, avançou para oito em julho, disparou para doze em agosto, para cinco em setembro e avançou para nove em outubro.
Os dados indicam aumento de 200% em relação aos três casos do 10º mês de 2020, seis a mais, e de 80% em relação a setembro deste ano, quando foram registradas cinco mortes, quatro a mais. Em dez meses, a tendência também é de alta. De janeiro a outubro deste ano ocorreram 67 óbitos em Ribeirão Preto, contra 61 do mesmo período de 2020, avanço de 9,83%.
Lembrando que em janeiro e fevereiro do exercício anterior Ribeirão Preto ainda não estava sob os efeitos das medidas restritivas impostas pela pandemia de coronavírus – as regras mais rígidas da quarentena começaram a valer no final de março.
As informações foram divulgadas nesta sexta-feira, 19 de novembro, às vésperas do Dia Mundial em Memória às Vítimas do Trânsito, celebrado no domingo (21), pelo Movimento Paulista de Segurança no Trânsito (Infosiga-SP). Entre 1º de janeiro e 31 de outubro deste ano, 44 motociclistas morreram na cidade (65,67%), além de oito pedestres (11,94%) e quatro ciclistas (5,97%).
Seis pessoas estavam de carro (8,96%) e uma de caminhão (1,49%). Não há informação sobre quatro casos (5,97%). Quarenta vítimas morreram nos locais do acidente (59,7%). Vinte e quatro chegaram a ser socorridas, mas não resistiram (35,82%). Três ocorrências não têm identificação de local (4,48%).
As vítimas são 50 homens (74,63%) e 17 mulheres (25,37%) com idades entre zero e 74 anos. Trinta e seis casos ocorreram em vias municipais (62,07%), 17 em rodovias dentro do perímetro urbano (29,31%) e os locais de cinco óbitos não foram disponibilizados (8,62%). Durante o período mais crítico da pandemia, entre abril do ano passado e setembro deste ano, foram registradas 111 mortes em Ribeirão Preto.
O Infosiga-SP atualizou os dados dos últimos anos e constatou que o número de vítimas fatais em decorrência de acidentes de trânsito ficou estável em Ribeirão Preto em 2020, em comparação com 2019. Foram 71 óbitos contra 72 no perímetro urbano da cidade – a malha viária é composta por mais de 1,5 mil quilômetros de vias municipais e também de rodovias concedidas pelo Estado –, um a mais em 2020 e alta de 1,4%.
No ano passado, foram dez mortes em janeiro, dez em fevereiro, oito em março, apenas três em abril, sete em maio, seis em junho, cinco em julho, três em agosto, seis em setembro, três em outubro, sete em novembro e quatro em dezembro. Entre abril e julho, a quarentena imposta pelos decretos de isolamento social estava mais severa, mas foi flexibilizada a partir de agosto.
A queda no período da pandemia, entre abril e dezembro, foi significativa, de 31,2%, segundo dados do Infosiga-SP. Na comparação entre os dois períodos de nove meses – de abril a dezembro –, a quantidade de vítimas fatais recuou de 59 em 2019 para 44 no ano passado, queda de 25,4% e 15 mortes a menos.
Trinta e oito motociclistas morreram entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2020, mais da metade das vítimas fatais (52,8%). Treze eram pedestres (18%), nove estavam de bicicleta (12,5%), nove de carro (12,5%) e três não foram definidas (4,2%). A média é de aproximadamente uma morte a cada cinco dias.
Menos da metade das vítimas chegou a ser socorrida – 34 pessoas (47,22%) foram levadas para hospitais e unidades de saúde, mas não resistiram aos ferimentos – e 38 morreram no local dos acidentes (52,78%). Cinquenta e nove das vítimas eram homens (81,94%) e 13 mulheres (18,06%). Foram 37 óbitos em vias municiais (51,39%), 27 em rodovias que cortam a cidade (37,5%) e oito casos sem identificação de local (11,11%).