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O valor dos pequenos negócios

A mais recente pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) indica que mesmo com cenário adverso da economia, em 2017, cerca de 50 milhões de brasileiros estavam empre­endendo ou realizaram alguma ação visando a criação de um negócio num futuro próximo. É muita gente; algo como as populações dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro juntas, à frente de um negócio formal ou informal.

Se ficarmos somente com os empreendimentos formais, são 14 milhões em todo Brasil – quase 4 milhões no estado de São Paulo, responsáveis por gerar neste ano cerca de 600 mil novos empregos; e outros 755 mil no ano passado.

Gente como Márcio da Fonseca e a esposa, donos da sorveteria artesanal Sabores do Mundo, em Elias Fausto, na região de Campinas. No final de 2016, começaram a produzir artesanalmente sorvetes diferenciados, numa fábrica improvi­sada na garagem de casa.

Um ano depois, abriram uma loja no centro da cidade e decidiram investir ainda mais. Com plano de negócios em mãos, o casal foi contemplado com financiamento do pro­grama Juro Zero Empreendedor. Incrementaram a linha de produtos, ganharam escala, aumentaram as vendas em 50% e neste ano o micro empreendimento individual (MEI) tornou-se microempresa, gerando novos postos de trabalho.

São os sonhos, as necessidades e a determinação dessas pessoas que movem a equipe do Sebrae-SP a levar o melhor em orientação e capacitação em planejamento, finanças, vendas, marketing, inovação e comportamento empreende­dor. Nosso desafio em 2018 é realizar mais de 2,7 milhões de atendimentos a 900 mil novos clientes, elaborar o diagnósti­co de gestão de 350 mil novas pequenas empresas e aplicar o ‘receita’ certa.

Por isso, realizamos a maior expansão da rede física da entidade, saindo de 94 postos locais para 228 postos Sebrae Aqui a ser implantados até dezembro deste ano. Em parceria com prefeituras e diversas entidades locais, priorizamos o atendimento especializado em gestão, o estímulo à forma­lização do negócio e o desenvolvimento de projetos locais e fortalecimento das cadeias produtivas.
E investimos pesado no aprimoramento dos canais re­motos, evoluindo para atendimentos automatizados, che­ckup com autoatendimento, oficinas e consultoria online. Nossa previsão de atendimento virtual é de 1,9 milhão. Em meados de outubro já tínhamos alcançado mais de 85% da meta para o ano todo.

Sabemos que para ser mais competitivo não basta melho­rar a gestão do empreendimento. É preciso surfar com de­senvoltura no cipoal burocrático e tributário brasileiro, ainda hoje principais gargalos para o desenvolvimento dos peque­nos negócios. Muitos desistem no meio do caminho (cerca de 23% encerram atividades após dois anos) e outros lutam com a inadimplência. Por isso, no mês em que se comemora o Dia da Pequena Empresa (5), reforçamos nosso compromisso de continuar combativos e focados na implementação de políti­cas públicas que tratem os diferentes de forma diferenciada. Como a defesa intransigente do Simples Nacional, regime tributário facilitado e simplificado para micro e pequenas em­presas, que garante a milhões de negócios o fôlego necessário para gerar empregos e renda.

É a nossa contribuição para que os empreendedores, sem pesos e amarras, continuem sendo protagonistas da retomada da economia, conduzindo negócios saudáveis e lucrativos.

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