Dando prosseguimento à minha crônica da semana passada, quando coloquei algumas posições a respeito do trânsito como um todo e particularmente aquele de Ribeirão Preto, vou tecer nesta página, mais algumas considerações que gostaria que fossem examinadas, principalmente pelas autoridades que desenvolvem atividades em tão importante segmento da vida da atual civilização: o trânsito e a mobilidade.
Tenho observado que com o excesso de veículos que circulam nas principais avenidas de Ribeirão Preto, a velocidade de 60 Km/hora é preocupante, principalmente nos horários de grande movimento, o que pode causar “engavetamentos”, como já houve recentemente, atropelamentos e quase diuturnamente, acidentes graves com motocicletas. Tenho feito alguns testes e acredito, que a velocidade ideal é 45 Km/hora com semáforos sincronizados permitindo a chamada “onda verde”. Tal velocidade, se bem que menor, se não ideal, é menos causadora de acidentes, além de permitir uma melhor fluência no trânsito. É bom lembrar que para tal ter êxito, é necessária uma recuperação do leito carroçável das vias.
A luz amarela de atenção nos semáforos, em todas as vias, passa muito rapidamente ao vermelho. Um motorista que utiliza o freio nesta situação poderá causar um acidente sério com o(s) veículo(s) de traz. Caso o sinal amarelo tenha um tempo um pouco maior antes de ser aberto, o verde do sentido transversal, os veículos, ainda em movimento, próximos à faixa, que deve existir, poderão passar e aqueles que estão atrás terão tempo de frearem sem maiores problemas.
E por falar em luz amarela, há necessidade de se tomar muito cuidado com a escolha da colocação das tão necessárias iluminações com lâmpadas de sódio que emitem uma luminosidade também amarela, principalmente onde ocorre arborização e próximo às esquinas onde existem semáforos pois em situações de baixa visibilidade, podem ser confundidas com os sinais amarelos de atenção dos semáforos causando problemas no trânsito.
Para finalizar a presente crônica, gostaria de colocar um posicionamento de quem acompanha a educação do povo brasiliano há mais de trinta anos. Houve total mudança, não apenas na qualidade dos veículos automotores, isto sim na cultura e filosofia de vida, principalmente de nossa juventude, o que praticamente nos obriga a atualizarmos a todo instante nosso sistema educacional, e porque não o sistema de educação do trânsito, o que temos visto de forma muito frágil no nosso sistema público de educação. É bom lembrar que para se tirar uma carteira de habilitação, os métodos são praticamente os mesmos de trinta anos passados!
Com a palavra, todos nós que a todo instante estamos atrás de um volante com o pé no acelerador.