Tribuna Ribeirão
Cultura

O silêncio é personagem do longa ‘Redemoinho’

Por Luiz Carlos Merten

José Luiz Villamarim e George Moura desenvolveram uma intensa parceria na TV, o primeiro como diretor, o outro, roteirista. Fizeram minisséries e até uma novela de sucesso, O Rebu. Levaram a parceria para o cinema. Em 2016, Redemoinho. Neste ano, se não fosse a pandemia, que paralisou as gravações – agora retomadas – de Amor de Mãe, Villamarim já estaria livre para se concentrar no próximo longa com Moura. Será a adaptação de Crônica da Casa Assassinada, o romance de Lúcio Cardoso que já virou filme de Paulo César Saraceni e peça de Dib Carneiro Neto.

Redemoinho passa nesta quinta, 3, às 20h15, no Canal Brasil. A ambientação mineira, interiorana. Amigos de infância, Júlio Andrade e Irandhir Santos reencontram-se quando o primeiro volta à pequena cidade. Júlio foi construir a vida na cidade grande, deu-se bem. Irandhir permaneceu na fábrica, casou-se e com uma antiga prostituta (Dira Paes). As conversas entre os amigos são regadas a álcool. Revelam uma antiga ruptura, uma morte.

Culpa, violência – o redemoinho das paixões. Villamarim e o fotógrafo Walter Carvalho filmam uma cena antológica – forte, é vista através da janela, mas com a câmera do outro lado da linha do trem, que passa a toda velocidade. O som é personagem. Não só o trem, o ruído da tecelagem. O silêncio. Redemoinho cresce na revisão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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