A Wicked Match surgiu em 2009 com o objetivo de fazer um rock and roll porrada, puro, sem gelo, guitarra alta, com destaque no som e nas letras. Depois de algumas formações a atual aproveitou o período de pandemia e entrou em estúdio. O trabalho, em forma de CD, deve ser lançado em fevereiro do próximo ano de maneira independente. Em entrevista ao Tribuna, o baixista Luizinho D2, ex-banda Virion e Los Nosotros, falou um pouco mais dessa produção, da banda e planos para o futuro.
“Fui chamado para ser o chato da banda, cobrando, estimulando e basicamente gerenciando a parte negocial da banda, além de ser um dos letristas, junto com o Maykon”, brinca o baixista.
Luizinho D2 disse que as composições que estarão no CD possuem “um toque meio perturbado e debochado, bem atual, pois o mundo está aí para te derrubar e a nossa cara é resistir, reclamar e principalmente, ser do contra em tudo, incomodar, chatear, pentelhar mesmo”, explica. “A gente não engole, principalmente, o autoritarismo, nunca diga o que a gente deve fazer. A gente é livre para fazer o que quiser e não devemos nada a ninguém”, completa.
O nome Wicked Match (em inglês, Jogo Maldito ou Disputa Cruel) foi sugestão do ex-vocalista André. “Na época todo mundo gostou, porém eu acho bem difícil de falar, mas representa a gente bem. Na época em que a banda foi criada, há 10 anos, a disputa com os sons que estavam em destaque era realmente cruel. Tinha aquele pessoal com calças coloridas. Hoje em dia piorou ainda mais, então talvez esse jogo da música seja maldito mesmo”, explica o baixista.




O músico revela que a banda surgiu para satisfazer um lado artístico que os integrantes têm “desde sempre”. “É uma vontade de estar no palco, tocar um som energético, interagir com a plateia. É uma situação que todos nós da banda estamos envolvidos desde a adolescência e não sai da gente. O rock and roll é a válvula de escape para a pressão e as responsabilidades da vida”.
Da formação inicial, ficou o guitarrista Kriss Paula. “Ele que desenvolveu o conceito por trás de tudo. Mineiro, fala pouco e toca muito”, observa Luizinho. Maykon é o membro que chegou por último, mas já conhecia a banda desde o começo, inclusive dividindo palco em eventos underground. “Foi muito difícil para a banda achar um cantor tão autêntico, criativo e principalmente, com vontade de andar pra frente nessa caminhada árdua do rock and roll, pois seu grande objetivo sempre foi trabalhar com uma banda autoral”, explica o baixista. Fechando o time tem o Fabiano, baterista. Segundo Luizinho D2, “o cara mais low profile da banda, esse cara simplesmente senta na batera e toca pra caramba, e melhor na mais profunda quietude, um cara sensacional”.
Luizinho D2 diz que a proposta da banda é tocar um rock and roll autêntico, com ênfase no som da guitarra. “O pessoal hoje em dia anda esconde o som da guitarra e a gente odeia isso. O rock and roll é movido pela guitarra e é assim que tem que ser”. Sobre as letras das músicas serem em inglês, ele explica que é para atingir o máximo de público ao redor do mundo, “já que as facilidades da internet estão aí e a gente usa bastante esses recursos”.
O baixista brinca e diz que para compensar o nome difícil da banda, o nome escolhido para o primeiro CD foi bem mais simples, “WM”, as iniciais, e só.
Segundo ele, as músicas foram compostas há algum tempo e faltava gravar. Os trabalhos estão sendo feito no UnderStudios, com a produção do Rômulo Felício, vocalista da banda Necrofobia. Além do CD independente, o material estará disponível em plataformas de streaming.
“Nosso plano agora é tocar, subir em qualquer palco que aparecer pela frente e descascar a porrada, mostrar o trabalho e agregar mais gente ao redor da banda. Se tudo der certo, queremos também tocar na capital, onde o público é bem receptivo a esse tipo de som”, finaliza.
Para encontrar a banda nas redes sociais é só buscar por Wicked Match, ela está presente no YouTube, Facebook, Instagram.