Cleison Scott *
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[São incontáveis as tentativas de se explicar fatos históricos que aparentemente parecem estar apartados de toda lógica. Um exemplo, gritante pela sua enormidade, foram as Cruzadas. Chamadas de Guerras Santas por quem as concebeu, confrontam grotescamente com os ensinamentos daquele que de quem usaram o nome para fundar a instituição que a implementou.]
Como decidir
Gregg Braden, especialista em História Natural, baseado em um exaustivo trabalho de pesquisa, que inclui viagens a lugares que preservam nossa história, tais como Tibete, China, Índia, Palestina e etc., se aprofundando nas tradições mantidas verbalmente por incontáveis gerações, particularmente dos povos originários das Américas. Como Geólogo, também em seus criteriosos estudos dos muitos documentos Essênios achados logo após a II Guerra, genericamente tratados como “Os Manuscritos do mar Morto”, entende que muitos de nossos erros e eloquente ignorância, se devem ao fato do registro da ‘História da Humanidade’ estar incompleto. Em ‘O Efeito Isaias’ ele lista 43 livros que foram descartados na composição do documento que registrou os cânones da religião fundada pelo Imperador Constantino, no Concílio de Niceia em 325 d.C., presidido por ele próprio.
James Carroll, erudito norte-americano, como ex-padre, elaborou um estudo monumental sobre a relação da Igreja Católica Apostólica Romana com os judeus, resultando desse trabalho o livro ‘A Espada de Constantino’.
Eusébio, biógrafo de Constantino relata que quando ele ia voltando da batalha em que conquistou Roma, consultou o Oráculo do templo de Autun e recebeu o seguinte:
“Ó Constantino, você viu, acredito, seu protetor Apolo, acompanhado da Vitória, oferecendo a você coroas e louros… Você realmente viu o deus e se reconheceu na aparição de um homem a quem as profecias dos poetas declararam que deveria pertencer o governo do mundo inteiro”.
O que justifica o nome escolhido por ele: ‘Católica’; Universal em grego. Carroll afirma que muitas das decisões do Concílio, foram tomadas sob a égide do Imperador, que não era um religioso e muito menos um ‘Cristão Primitivo’ e dirigia o conclave atento em fazer andar sua agenda política.
E esta, era criar uma instituição que não aceitava nenhum tipo discordância de seus ditames ditatoriais, o que explica o nascimento da palavra “Herege”.
Carroll nos informa que os 3 milhões de ‘Cristãos’ que habitavam Roma na chegada de Constantino em 312, eram muito interessantes para atender os objetivos de Constantino: Organização; Cultura e União. Esta última impactou o imperador acostumado com desavenças e disputas. O Imperador notou que os Cristãos enfrentavam o império sem medo e uma tranquilidade sem submissão e ele desejou com toda força que o novo império herdasse essas características. Ao perceber que estas se deviam aos ensinamentos de Jesus ele atraiu seus remanescentes seguidores, colocou-os em posições importantes na Religião nascente e definiu Jesus como deu ícone.
Os Essênios que, muito embora fossem “Cristãos Primitivos”, se afastaram da nova Religião, uma vez que discordavam, principalmente de seu caráter ditatorial. Levaram os livros desprezados, os acondicionaram de maneira hermética e esconderam. Achados por acaso na segunda da década de 1940, hoje compõem a chamada ‘Biblioteca Nag Hammadi’.
Tudo que nasce no homem é uma manifestação de si mesmo, portanto, exatamente do tamanho de sua espiritualidade. A religião idealizada e fundada por Constantino comandou a porção ocidental do Mundo e por circunstâncias influenciou fortemente o resto, por 10 séculos e ainda hoje ocupa papel de destaque nas decisões globais.
A essência humana é perfeita. Somos uma “individuação” Divina. Essa energia Jesus chamou de ‘Reino de Deus’. Deus é o centro gerador e mantenedor de tudo, com o Sentimento ÚNICO que a tudo sustenta, o AMOR. Como decidir? Consulte a Energia que lhe dá e sustenta sua Vida!
* Administrador de empresas, com especialização em Marketing
1 A Bíblia Sagrada
2 A Espada de Constantino – James Carroll – Editora Manole – 2001
3 Hoje chamados de “Cristãos Primitivos”.