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‘O Operário do Amor’

O Livro aborda o desen­volvimento amoroso. A obra é fruto de palestras sobre desen­volvimento amoroso que foram gravadas em fitas k7 por José Vilson dos Anjos, que morreu em 1999, e transcritas pelo ir­mão Odônio dos Anjos.

“Tudo se ensina ao ser hu­mano: caminhar, ler, escrever, andar de bicicleta, tudo pode ser ensinado, mas ninguém nos ensina a amar”. Com essa frase simples e objetiva, o economista Odônio dos Anjos Filho, fala do que se trata o livro “O Operário do Amor – Manual Prático de Desenvolvimento Amoroso”, or­ganizado por ele, e lançado nesta quinta-feira (16), no Cine Clube Cauim, em um evento cultural que reuniu personalidades cul­turais da cidade.

“São dicas. Se recebermos es­sas dicas sobre o amor, acredito que fica mais fácil,” brinca. “Re­comendo que tenham na cabe­ceira. É para todos, mas quanto mais cedo ler é melhor, encurta o processo do amor,” ressalta.

O livro foi escrito a partir da transcrição de quatro fitas k7 deixadas por José Vilson dos Anjos, que morreu aos 55 anos, em 1999, há vinte anos. Vilson era o irmão do meio da família dos Anjos. Odônio, o caçula. “Éramos em nove irmãos. Perdi o meu pai com sete anos e mi­nha mãe com nove anos. Morei com todos os meus irmãos, mas o Vilson foi o meu pai”, explica a relação que era acima do fra­ternal.

“Quando Vilson morreu encontrei as fitas que eram gra­vações de palestras sobre de­senvolvimento amoroso. Nessa época eu viajava cerca de seis mil quilômetros por mês. Tinha empresa em Campinas, Jaú e ia para São Paulo e Ribeirão Preto. Ou seja, minha vida era na estra­da. Na estrada eu colocava fone de ouvido e ouvia as fitas. Foi aí que resolvi fazer a transcrição para escrever o livro, porque no Brasil, tudo que não é escrito não fica para história, meti isso na cabeça”, conta.

Odônio revela que ainda continuou viajando muito. “Na verdade eu fiz as transcrições e escrevi o livro no tempo que ti­nha nos aeroportos. O livro está pronto há quatro anos, só não lancei porque, como disse, viajo muito”.

O processo de transcrição e adequação do que foi falado para o que seria escrito demorou dez anos. “Falar e escrever são abor­dagens diferentes, mas eu ade­quei essas mensagens. Apesar da adequação e eu usar a primeira pessoa, contando, as palavras são dele (Vilson). Eu meio que tive que incorporar meu irmão, mas o livro é do meu irmão, sou apenas um coautor com algu­mas ideias. O trabalho era dele,” explica.

Ajuda de peso
Odônio conta ainda que teve a ajuda de duas pessoas impor­tantes no cenário cultural, o di­retor de teatro Magno Bucci e o professor e escritor Luiz Puntel. “O Magno me ajudou com su­gestões e revisões literárias, e o Puntel, além de fazer a revisão literária me ajudou com outras contribuições”.

Amigos e personalidades culturais da cidade foram prestigiar o lançamento ocorrido no Cine Clube Cauim

Ao falar sobre o processo de transcrição Odônio se emocio­nou. “Como disse, ele era a figu­ra de pai. Foi muito sofrido. Eu ouvia chorando, era uma coisa muito forte ouvir a voz dele, mas ao mesmo tempo, era maravi­lhoso ouvir tudo que ele deixou”. O coautor diz que recebeu boas críticas sobre a obra. “Mas o pú­blico vai julgar. Posso adiantar que algumas pessoas que leram gostaram”, finaliza.

Família dos Anjos. No detalhe Vilson, o filho do meio. Odônio não era nascido. A mãe estava grávida na foto, mas ele aparece em montagem em forma de quadro

José Vilson dos Anjos
José Vilson dos Anjos era médico psiquiatra. Natural de Aquibadã, Sergipe, formou-se na Universidade Federal da Bahia. Trabalhou por muitos anos na­quele estado e em São Paulo, em hospitais psiquiátricos, clínicas e como professor em universidades privadas.

Tinha uma veia artística. Também era cantor, escritor e ator, com preferência pelos textos de Nelson Rodrigues (encenou todas as peças do escritor).

Em vida, escreveu dois livros: ‘Alma Brasileira’, que fala sobre a formação e o valor da miscigena­ção do povo brasileiro envolvendo índio, negro, português, mostrando que todos os brasileiros têm uma ponta de influência dessas raças. E o ‘Livro de Cartas’ com uma abordagem das muitas histórias que ouviu como psiquiatra. Deixou outros dois projetos, os shows musicais: Alma Masculina e Alma Feminina.

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