Tribuna Ribeirão
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O “novo normal’!

Recebi de meu particular amigo e magnífico articulista, Padre João Paulo Ferreira Ielo, pároco da Paróquia Imaculada Conceição de Mogi Guaçu, da Diocese de São João da Boa Vista (SP), um artigo que vem de encontro com a leitura que também eu faço, sobre “o novo normal”, que seguramente nos aguarda, num já avistado pós-pandemia do novo coronavírus.

Então, tomo a liberdade, de ocupar o espaço que tão gentilmente o Jornal Tribuna Ribeirão, o site da Arquidioce­se de Ribeirão Preto e as demais redes sociais me concedem, semanalmente, para, modestamente, colaborar na formação de consciência ética, crítica e cidadã de nossos estimados leitores.

Passados os primeiros impactos da pandemia, vimos as pessoas se perguntarem quando a vida voltaria ao normal. Mas o que será normal depois dessa grave pandemia cujo vírus está onde nós menos esperamos? Como voltar ao nor­mal se muitos estão brincando com a realidade como se nada houvesse na face da terra? Como voltar ao normal se nem o mínimo de higiene as pessoas levam a sério…

Triste mesmo é a indiferença de pessoas que têm a grave responsabilidade de cuidar para que o povo viva ou tenha melhores condições para viver com dignidade e respeito; tris­te é o descaso quando escuto alguém dizer que “muita gente morre”, ou “todos vão morrer um dia” sem tomar o mínimo de atitude para que nenhuma pessoa morra antes da hora, não sofra morte violenta e nem fruto do descaso das autori­dades de um país “abençoado por Deus”, como se diz.

Novo normal, a partir de agora será obrigatoriamente o respeito pelos nossos semelhantes, treinar a paciência para evitar aglomeração, carregar em nossos lindos rostos a nossa inseparável máscara como item da nossa cesta básica de pri­meiros socorros; a higienização das mãos que não podem ao mesmo tempo tocar em dinheiro, cigarro ou jornal e pegar o alimento ou servir alguém!

Aquele beijinho que antes se dava aos montes, mesmo que alguns parecessem “beijo técnico”, não deverão mais ser dados; não mais nos cumprimentaremos com o “aperto de mãos”, gesto interessante e com alto poder de contágio; em seu lugar entra um aceno de cabeça ou um sorriso que mostra mais nosso estado de espírito, embeleza a paisagem e deixa o ambiente mais agradável.

Teremos pela frente um longo caminho a percorrer, para revitalizar nossa convivência e, apesar das incertezas, preci­saremos lutar contra os preconceitos, pois os outros não são “perigo”, deveremos nos lembrar que somos realmente iguais, carregamos os mesmos temores fraquezas e medos.

Creio que deveremos reaprender o que significa “cuidado” conosco, com o mundo, com os outros, com “tudo o que vive e respira”. E o primeiro cuidado é o de não rotular ninguém! E se quisermos tempos bons, tempos de mais segurança e tranquili­dade, deveremos nos “converter” ao “bem” que seja bem e bom para todos e aqui se inclui uma nova ascese ou penitência que se traduz nas “medidas higiênicas” que se tornarão item de primei­ra linha em nossa conduta e não mera convenção social.

Água e sabão são agora como no passado “prudência e caldo de galinha” que sempre fizeram bem. Creio que todos poderemos nos assumir como aprendizes que ainda não sabendo o bastante sobre tudo, nos deixamos iluminar pela santa Sabedoria que nos diz: “tudo o que queremos que os outros nos façam, façamos nós para eles” (cf. Mt 7,12). (Padre João Paulo Ferreira Ielo).

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