O Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes, em Ribeirão Preto, registrou alta no fluxo de passageiros entre janeiro e julho deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017. Os dados registrados pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) – autarquia vinculada à Secretaria de Logística e Transportes e administradora do aeródromo – mostram que passaram pelo terminal 513.253 viajantes até o dia 31 do mês passado.
Em sete meses do ano passado foram 485.164. O aumento é de 5,8%,com mais 28.089 passageiros – a média de embarque e desembarque é de 73.321 pessoas por mês e de 2.421 por dia, 100 por hora. No mesmo período de 2017 a mensal era de 69.309 e a diária, de 2.288 – 95 por hora. Os números colocam o Leite Lopes no primeiro lugar do ranking de movimentação entre os 20 aeroportos administrados pelo Daesp, sendo o quarto mais importante do estado, superado apenas pelos de Guarulhos (Cumbica), São Paulo (Congonhas) e Campinas (Viracopos).
Inaugurado em 1939, atualmente o Leite Lopes opera voos da aviação geral (executiva) e regulares de empresas aéreas como Latam, Passaredo e Azul, que trabalham com aeronaves como o Airbus A320, E195, E 190, ATR 72. O aeródromo atende em tempo integral com voos nacionais de passageiros e de cargas. Segundo dados do Daesp, o movimento em 2017 foi o pior em sete anos, com 867.544 pessoas.
Em comparação com 2016, quando 922.756 passageiros embarcaram ou desembarcaram no aeroporto de Ribeirão Preto, a queda chega perto de 6%, com 55.212 pessoas a menos. Com exceção de 2010 – quando o movimento caiu porque o aeroporto ficou fechado para obras –, o número também é inferior ao de anos anteriores desde 2011, quando 1.114.415 pessoas passaram pelo terminal, ainda assim um dos mais movimentados do interior paulista. A queda foi de 22,1%, com 246.871 passageiros a menos.
O Daesp deve começar as obras na pista do Leite Lopes entre setembro e outubro. Em 13 de agosto, a autarquia anunciou a empresa vencedora da licitação, a Talude Construções, de Barueri, com o valor de R$ 3,945 milhões, desconto de R$ 255 mil e 6% abaixo do estimado em edital, de R$ 4,2 milhões. O prazo para execução das intervenções é de seis meses a partir da emissão da ordem de serviço. A intervenção não vai suspender as atividades no aeródromo.
As obras contemplam implantação de área de giro nas cabeceiras 18 e 36 (turnaround), instalação de acostamento nas pistas de taxiamento de aeronaves e reforço na pista de táxi para acesso ao pátio. O objetivo é proporcionar mais segurança e flexibilidade às operações, facilitando as manobras dos aviões. Os projetos das principais intervenções devem ser finalizados até novembro e as obras principais, custeadas pela União, devem começar no ano que vem. A expectativa é de que o aeroporto fique pronto em 2021.
O Estado vai investir, no total, R$ 8,8 milhões referentes à contrapartida na parceria com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) da Presidência da República, projeto que totaliza R$ 88 milhões em investimentos, sobretudo no terminal de passageiros. O aeroporto de Ribeirão Preto foi habilitado para o transporte aéreo de carga internacional em 2002 e essa autorização está em vigência.
Já o terminal de cargas construído pela Terminais Aduaneiros do Brasil (Tead Brasil) atende a todos os requisitos exigidos pela Receita Federal, Polícia Federal e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Assim, segundo o Daesp, o Leite Lopes estará apto a receber aviões cargueiros internacionais assim que a obra de ampliação e modernização estiver concluída, mas não haverá voos internacionais de passageiros.
O pacote de obras contempla a ampliação e reforma do terminal de passageiros, que passará de quatro mil m² para 12 mil m², da seção contra incêndio, de 600 m² para 930 m², recapeamento dos sistemas de pistas de pouso e decolagem, ampliação em 30 mil m² do pátio de aeronaves e implantação de “turnaround” (área de giro de aeronaves) nas cabeceiras.