O novo coronavírus surgiu, como sabemos, em dezembro do ano passado na China e se espalhou rapidamente pelo mundo inteiro trazendo dor, sofrimento e morte onde quer que ele chegue. Bem, fala-se muito no vírus. Mas o que é um vírus? É um micro-organismo inanimado, quer dizer que o vírus não é um ser vivo, mas ele para se multiplicar precisa de uma célula que é um ser vivo.
Tomando como exemplo o novo coronavírus quando entra em contato com o corpo humano, através das vias respiratórias ou de outra cavidade, ele se multiplica assustadoramente alterando a fisiologia do nosso organismo, podendo levar ao não funcionamento adequado e inclusive à morte da pessoa. No caso do corona, quando penetra pelas vias respiratórias ele chega aos pulmões e entrando também no sangue causa danos consideráveis no coração, nos rins, cérebro e em outros órgãos e sistemas do nosso corpo.
Nessa apresentação de hoje vou focar os prejuízos que ele causa também na sociedade que precisa se isolar como medida preventiva para evitar a contaminação. Esse isolamento impacta radicalmente o modo de viver das pessoas que pode inclusive afetar a saúde mental da população. Como estamos fazendo rotineiramente nessa discussão daremos continuidade ao formato de perguntas e respostas. E como sempre fazemos nessa coluna, daremos uma visão panorâmica do mundo, do Brasil, do nosso estado e região no que diz respeito ao novo coronavírus.
1. As mudanças sociais decorrentes do isolamento social podem causar alguma doença na esfera emocional?
Podem sim. Inclusive como já apresentamos aqui, a insônia, a depressão, a ansiedade e inclusive a obesidade. Esta é decorrente em geral também devido principalmente a falta de uma atividade física, à alimentação inadequada e principalmente ao stress devido à situação de incerteza, à angústia e ansiedade que contribuem para um aumento às vezes exagerado do apetite, levando a pessoa a comer mais.
Isso gera um descontrole também em consumir certos tipos de alimentos e bebidas com elevado teor de calorias, como as bebidas adocicadas, massas e ao esquecimento do consumo das frutas, verduras e legumes além do consumo também em maior quantidade de derivados de trigo e das massas em geral. E como corolário dessa situação surge a obesidade.
2. Nos últimos oito dias quais foram as mudanças que houve no mundo em relação ao novo coronavírus?
Houve mudanças muito importantes inclusive com redução significativa no número de infectados e óbitos, mas em situações pontuais. É o caso da China, por exemplo em que os números foram reduzidos a quase zero em alguns dias. Nos países vizinhos ainda persiste o aumento mas em pequena escala. Já na Europa Ocidental Reino Unido e França continuam com aumentos importantes. O mesmo não acontece na Itália e Espanha onde ainda ocorre aumentos, mas também em menor importância. Já em algumas regiões dos Estados Unidos continua aumentando muito, mas em outras esse aumento tem reduzindo muito.
3. E no Brasil?
A situação está infelizmente desastrosa em nosso país. Já temos quase 50 mil mortos e estamos caminhando para um aumento não só de mortes como de infectados. O vírus já chegou em mais de oitenta por cento dos municípios brasileiros o que é uma situação extremamente preocupante pois nas pequenas cidades a assistência médica nesse nível simplesmente não existe.
4. E no estado de São Paulo e em Ribeirão Preto e região?
Em nosso estado a situação está muito mal. E para piorar deu-se início à uma abertura desorganizada do comércio reduzindo-se o tempo de permanência dessa abertura o que causou uma demanda muito grande às lojas e uma superlotação dos ônibus contribuindo para aumentar ainda mais as chances de contaminação do vírus.
Como a exemplo do Brasil, em nosso estado o vírus se espalhou pelas pequenas cidades inclusive em regiões longínquas onde a assistência médica é precária. Em Ribeirão Preto e na região metropolitana inicialmente estávamos com um número relativamente pequeno, mas notamos que nas duas últimas semanas houve um aumento considerável no número de infectados e o número de mortos também está aumentando se bem que ainda em número relativamente pequeno. (Continua na próxima semana)