Tribuna Ribeirão
Cultura

O humor da Cia. Barbixas em RP

No início da semana, a Tea­tro GT trará para Ribeirão Preto a Cia. Barbixas de Humor, que estará no Theatro Pedro II com o show “Improvável”. O espetá­culo, criado e apresentado pelo trio de humoristas Anderson Bizzocchi, Daniel Nascimento e Elidio Sanna, foi criado em 2007 inspirado no programa de televisão britânico “Whose line is it anyway?” e nos espetáculos brasileiros de improvisação tea­tral “Zenas Emprovisadas (ZE)” e “Jogando no Quintal”.

Neste espetáculo teatral, um mestre de cerimônias apresen­ta as regras dos jogos, a plateia sugere os temas e os atores im­provisam as cenas na hora e sem nenhuma preparação prévia. Assim, nunca uma apresentação é igual à outra – fazendo com que o público retorne sempre. Diversos nomes do humor na­cional e internacional já partici­param do Improvável, entre eles Fábio Porchat, Marco Luque, Rafinha Bastos, Oscar Filho, Marianna Armellini, Maurí­cio Meireles, Gustavo Miranda (Colômbia), Jose Luiz Saldanha (México), Mario Bomba (Portu­gal) e César Mourão (Portugal).

O improviso exige muito treino de agilidade, raciocínio, interação entre os atores e a prática do trabalho em conjun­to. Para isso, os Barbixas têm um profundo processo de pes­quisa e de ensaios no qual são criados os jogos ou estudadas as mecânicas daqueles que já são praticados por grupos de improviso do mundo todo. As apresentações serão às 20 horas desta segunda-feira, 8 de julho, e às 18 horas de terça-feira (9), feriado da Revolução Constitu­cionalista de 1932.

Os ingressos custam R$ 70 (plateia, frisa e balcão nobre) e R$ 60 (balcão simples) – para segunda-feira não há mais bilhe­tes para o setor frisa. Já a meia­-entrada só vale para estudantes com carteirinha da instituição de ensino, professores da rede pública (municipal e estadual) com apresentação de holerite ou documentação e aposentados e idosos acima de 60 anos com documento comprobatório (cé­dula de identidade, RG).

Essas pessoas têm 50% de desconto e vão pagar R$ 35 e R$ 30, respectivamente. Os in­gressos estão à venda no guichê do teatro e no site especializado Ingresso Rápido (www.ingres­sorapido.com.br). Não será per­mitida a entrada após o início do espetáculo. Quem chegar atrasado também não poderá trocar o ingresso e não haverá devolução de dinheiro.

A Fundação Pedro II tam­bém proíbe o consumo de co­midas e bebidas no local. O te­atro fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pessoas, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1,3 mil lugares. Telefone para mais in­formações: (16) 3977-8111. O espetáculo não é recomendado para menores de 14 anos.

A companhia
A Cia. Barbixas de Humor foi concebida de forma tão im­provável quanto o espetáculo do grupo. É uma longa e sincroni­zada história. Anderson, Daniel e Elidio estudavam juntos, na adolescência, no Colégio Jar­dim São Paulo, na Zona Norte da capital paulista. Perceberam que gostavam do mesmo tipo de humor: da série cômica in­glesa Monty Python; do ator e comediante britânico Rowan Atkinson, famoso pelo seu per­sonagem Mr. Bean; do grupo português Gato Fedorento; dos espanhóis do El Tricicle e da du­pla de australianos do Umbilical Brothers, entre outros.

Pisaram juntos no palco pela primeira vez em 2001 com um cover do esquete “History of the Joke”, apresentado no intervalo do festival de música do colégio. Três anos depois, fundaram oficialmente a Cia. Barbixas de Humor. O nome do grupo nasceu igualmente de um improviso e foi, proposital­mente, registrado com a grafia alterada: Barbixas. A “barbixa” virou marca registrada. “Ape­nas a tiramos ou deixamos a barba toda crescer quando estamos em férias. As pessoas sempre nos perguntam: Ué, não tá de barbicha? Ou seria de Barbixas?”, contam.

O primeiro improviso da carreira do trio de humoristas aconteceu em 2002 quando An­derson e Daniel frequentavam o mesmo cursinho pré-vestibular. Uma das professoras decidiu que alunos retardatários “pu­xassem” uma daquelas olas tra­dicionais em estádios de futebol.
Anderson e Daniel inten­cionalmente chegaram atrasa­dos na semana seguinte só para receberem o castigo. Para tanto, escreveram um esquete que brincava com os professores. Foi um sucesso. Os alunos riram e aplaudiram. A professora gostou tanto que os escalou para apre­sentações semanais. “Foi nosso primeiro contrato verbal”, ironi­za Anderson. A notícia se espa­lhou e outras salas passaram a assistir as apresentações.

Em 2004, apresentaram “Onde está o Riso?”, no Teatro Jardim São Paulo. No ano se­guinte, criaram o espetáculo chamado “3”, com cenas pró­prias, e participaram do festival “Nunca se sábado” que aconte­cia no Teatro Folha, em São Pau­lo. Em 2006, escreveram o espe­táculo de esquetes “Em Breves”, conhecido pelas cenas “Santa Ceia” (cerca de nove milhões de visualizações) e “Imitose” (com 102 mil curtidas).

Os Barbixas venceram o Campeonato Mundial de Catch (2010), uma forma de improvi­sação teatral desportiva, dentro do Festival Internacional de Teatro de Bogotá, um dos mais importantes do mundo. Em 2011, a companhia foi convida­da para participar do 16º Festi­val de Teatro de Improvisação de Amsterdã – um dos mais antigos e tradicionais da Europa. Nesse mesmo ano, realizaram a primeira turnê internacional do grupo com apresentações na ci­dade de Lisboa, em Portugal.

Em 2016, a Cia. Barbixas ganhou o Prêmio Risadaria na categoria Melhor Espetáculo de Improvisação. Além dos palcos e da internet, os Barbixas foram os precursores brasileiros em espetáculos de improvisação na TV com os programas “Quinta Categoria” (MTV) e “É Tudo Improviso” (Band). Participa­ram ainda do programa “Toma­ra Que Caia” (TV Globo).
Em 2017, participaram do “Rock in Rio”, foram três dias de apresentação no Digital Stage. Fecharam o ano de 2017 com a turnê em Portugal, nas cidades do Porto e Lisboa. E iniciaram 2018 lotando seis sessões do Festival de férias no Shopping Frei Caneca.

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