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O Enem e os seus mitos


1. Quem tem medo do Enem? Se você tem, seu concorren­te também. Se a prova do maior vestibular do Brasil gerava um estresse danado, neste ano piorou muito.

2. Eu o(a) aconselharia a ler o “discurso” do presidente na ONU. Aquele arrazoado constitui o “programa de go­verno” do partido que assumiu o poder. O tema da redação pode estar ali.

3. O ministro da educação prometeu uma prova sem viés ideológico, o que, em se tratando de ciências humanas, é im­possível. Não se incomode, imaginando como a redação será corrigida. Simplesmente defenda a sua opinião.

4. Por favor, não “meta o pau nos políticos”. Meter o pau não quer dizer que está argumentando. Significa que está apresentando apenas juízo de valor.

5. Evite doutrinarismos, sejam políticos ou religiosos. Doutrinar não é argumentar.

6. O tema é representado por uma frase. Essa frase sempre traz palavras chaves. Se o tema for uma pergunta, sua respos­ta será a sua tese. Se não for, transforme-o em uma pergunta.

7. A dissertação exigida no Enem é a “argumentativa”, portanto, no primeiro parágrafo, é crucial que você apresente sua tese (opinião ou ponto de vista).

8. Três são as palavras chaves nas instruções: selecionar, organizar e relacionar, portanto a redação não foi criada para você escrever tudo o que sabe sobre o tema, é preciso orga­nizar os principais argumentos em sequência, por grau de importância (linha de raciocínio progressiva).

9. Relacionar ideias/argumentos (classes sociais, raças, teorias sociais, países) é fundamental para que o texto flua de forma progressiva.

10. Fatalmente, você “cairá” no governo, então especi­fique qual pasta: ministério, secretaria etc. e também em campanhas (Qual o teor da campanha? Quem fará a cam­panha? A quem a campanha quer atingir? Quais meios serão utilizados?).

11. Comece a prova pela redação, nunca faça o rascunho e depois volte para passar a limpo. Se faltar tempo, você não terá como “chutar”. Se não sabe nada, retire ideias dos ex­certos da coletânea. Preste atenção ao primeiro período que, geralmente, resume a ideia central do texto e nas fontes de onde foram retirados.

12. Nunca escreva o que sabe mais ou menos. Evite os er­ros gramaticais e as “frases bonitinhas” que não se relacionam com o tema central. Isso não configura repertório cultural.

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