Tribuna Ribeirão
Artigos

O deus dinheiro! (parte VI – conclusão ‘a’) 

Cleison Scott *
[email protected]

Os Evangelhos nos informam que as primeiras palavras que já aos 12 anos de idade, Jesus dirigiu aos homens foram:

“Não sabíeis que devo cuidar das coisas que são do meu Pai”.

A profunda espiritualidade nos informa:

“Tudo que verdadeiramente existe são somente Deus e o que vem de Deus”; portanto, Jesus veio cuidar de TUDO e de TODOS! No entanto, Ele não se imiscui na ignorância que grassa nas relações humanas e aconselhou que façamos o mesmo: “Conviver sem se envolver”.

A melhor das ciências afirma que o Universo – visível e invisível – é constituído de 100% energia. O que chamamos de matéria são tão somente 0,00001% dessa energia que se põe a vibrar numa frequência diferente dos 100% de que são constituídos. O melhor exemplo que conheço para explicar esse fenômeno é do Físico Nassim Haramein: “Imagine uma pia de inox limpa e tampada, cheia de água pura. Ao olharmos para ela a vemos como se a água não existisse. Ao destampá-la a água começa a escorrer pelo ralo e seu movimento forma um funilque se mostra aos sentidos físicos. Portanto, a matéria não é algo que exista por si mesma, mas um simples reflexo de algo mais profundo. Assim, a aparência sólida da matéria não lhe pertence, pois é um simples reflexo de um movimento imanente e permanente da própria existência”. O que está por trás dando sustentação a tudo isso é a Vida, que é a razão de tudo existir.

“EU SOU o Caminho, a Verdade e a Vida”! Jesus não se refere a seu corpo físico; a uma vereda por onde caminhar; uma verdade que se opõe à uma mentira; uma vida manifestada que difere da aparente falta de movimento que chamamos de morte; são os transcendentes caminhos espirituais da imaculada Verdade. O homem com sua insípida ciência materialista já percebeu que, no Universo Divino, a “morte” no sentido de deixar de existir é impossível, uma vez que a Consciência Cósmica introduziu o hálito da Vida no âmbito aparente e grosseiro suficiente para sensibilizar os sentidos físicos e no invisível cuja existência requer a ‘visão’ metafísica. Essa é a Vida que Jesus se refere cujo movimento é somente na direção de se transformar; “nesse mundo nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”!

A característica fundamental da Consciência Cósmica é CRIAR (que Rohden defende o uso do original latino CREAR. O criador de gado não o faz do nada, simplesmente o recebe num estágio e cuida dele até um estágio que lhe é mais favorável. A Creação Divina faz com que do nada, tudo passe a existir. Vamos usar o popular “CRIAR” para facilitar a compreensão). Num determinado momento, Ela criou uma extensão de Si mesma. Toda Sua criação tem a mesma essência, mas aparência diferente. A extensão divina chamada ‘ser humano’ tem a essência de seu Criador, mas aparência adequada para cumprir seus objetivos.

Essa extensão divina é dotada de ‘livre-arbítrio’ e num determinado momento entendeu que seria útil ter um elemento que facilitasse as relações entre as extensões divinas e criou o “dinheiro”, objeto destes estudos. Como vemos ele é um simples facilitador das trocas entre seres humanos. Analisamos nos cinco artigos anteriores, que o próprio ser humano desvirtuou sua finalidade original, transformando-o num tirano sem alma ou coração. O objetivo subjacente de todo e qualquer estudo que fazemos é melhorar nossa compreensão sobre o mundo que nos cerca para interagirmos com ele da maneira mais adequada e que nos beneficie sem prejuízo de ninguém.

Conforme esse entendimento se aprofunda vamos compreendendo que nossa visão individualista de nós mesmos e tudo e todos à nossa volta está completamente equivocada.

Se tudo e todos têm uma origem única e em essência tudo e todos guardam a perfeição de quem os criou, acreditar que nós, tudo e todos com quem convivemos são individualidades que devem, cada uma delas, batalhar com determinação e esperteza para atrair para si o maior volume e a melhor qualidade, mesmo que em detrimento dos demaisé uma enorme falácia que acorrenta o homem aos básicos estágios evolutivos, mantendo-o preso ao processo reencarnatório.

Podemos encarar esse fato de duas maneiras:

1. Ó vida, ó desgraça, estou fadado a chafurdar na lama, uma vez que o sistema se baseia no espírito da carência e está organizado para levar as pessoas a disputarem tudo com todos, pois a própria teoria da evolução afirma que vence o mais forte;

2. Questionar essa “verdade” que o Universo não confirma e nunca irá confirmar e seguir o Cristo: “Conviver sem se envolver”!

Na 2ª parte desta conclusão vamos analisar este ponto em detalhes!

* Administrador de empresas com especialização em Marketing 

 

Postagens relacionadas

Uma tia querida

William Teodoro

Zonas livres de agrotóxicos nos municípios

William Teodoro

O silêncio

William Teodoro

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com