Valdir Avelino *
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Ao contrário do que muitos previam, o saldo de empregos em 2024 (janeiro a dezembro) teve um crescimento de 16,5%, em relação ao saldo registrado em 2023, segundo os dados do emprego formal apontados pelo Novo Caged, que mede o emprego com carteira assinada no país. Em 2024 foram gerados 1.693.673 postos de trabalho, contra 1.454.124 no ano anterior. Eu não tenho dúvida de que a política implementada pelo Governo Federal de valorização do salário mínimo contribuiu para o crescimento da classe média e a redução das classes mais baixas.
Esse é um dos principais desafios brasileiros: manter a geração de empregos e reduzir cada vez mais o patamar de desemprego no país, sem precarização e sem sacrificar a renda do trabalhador. Nós vamos continuar cobrando que o Governo Federal assuma a dianteira na implementação de medidas que gerem empregos, promovam a justiça social e combatam a precarização em nosso país. Nós precisamos de governantes comprometidos com o bem-estar de nossos trabalhadores e com o desenvolvimento econômico justo, permanente e sustentável.
Deve-se festejar a queda do desemprego e a substancial recuperação do mercado de trabalho em relação aos governos anteriores, mas não se pode ignorar a precariedade do mercado de trabalho e os baixos salários dos trabalhadores brasileiros, realidades que demandam políticas públicas sólidas e compromisso social do atual governo. A despeito da queda do desemprego, a renda do trabalhador brasileiro tem se mantido praticamente estagnada há muitos anos, o que revela a baixa qualidade dos postos de trabalho que têm sido criados. Não podemos esquecer que a inflação elevada, sobretudo nos itens de primeira necessidade, como alimentos, está corroendo o poder de compra dos trabalhadores que continuam ganhando pouco.
Em nível local, o Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis tem defendido a urgente necessidade da criação de políticas públicas que estimulem a formalização no mercado de trabalho. Defendemos essa bandeira, pois lutamos pela valorização dos trabalhadores através de empregos de qualidade, com salários decentes, igualdade de salários entre homens e mulheres e combate incisivo à precarização do trabalho. Para isso, os Municípios devem também contribuir ajudando a capacitar os trabalhadores – especialmente os desempregados há meses ou anos – e prepará-los para empregos de melhor qualidade nos setores em que já há carência de mão de obra.
* Presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis