A história do vencedor aponta o Presidente Jango Goulart como um homem fraco. Hoje, o corajoso Presidente do Brasil enfrenta até vírus mortal sem máscara.
No entanto, na atual reconstrução do passado surge a personalidade real do Presidente, cujo cargo foi declarado vago, quando estava ele em território nacional, exatamente em Porto Alegre. Essa obra e essa arte tem rosto: Senador Áureo de Moura Andrade, Presidente do Congresso Nacional, em sessão convocada para às 2h45 do dia 2 de abril de 1964, na qual ele foi alvo até de um palavrão, em plenário, sacado por Tancredo Neves.
E o golpe contra Jango, minuciosamente preparado, inclusive e como sempre com ajuda norte americana, aconteceu quando sua aceitação popular ultrapassava o percentual de 60% (sessenta por cento). Ironicamente, o general Olympio Mourão Filho (Diamantina-MG em 9/5/1900 e Rio de Janeiro em 29/1/1972), que ordenou que a tropa de jovens saísse de Juiz de Fora para o Rio de Janeiro, entrou na história nem tanto por essa ordem, mas grandemente porque ele se definiu como uma “vaca fardada” em matéria de política, que “… em 1937, quando estava nas fileiras integralistas de Plínio Salgado, redigiu de próprio punho o falso Plano Cohen, um documento mequetrefe atribuído ao Komintern, que deu pretexto ao golpe do Estado Novo, um dos períodos mais sanguinários da história do Brasil” (Alex Solnik-google). Chegou à Presidência do Superior Tribunal Militar.
O ministério de Jango, durante tanto no regime parlamentarismo como no presidencialista, contou com a presença ilustres como Santiago Dantas, Celso Furtado, Franco Montoro, Darcy Ribeiro, Almino Afonso e tantos outros, que representavam, desde muito antes e muito depois, a inteligência nacional. Hoje, ministros apresentaram, como solução para a Amazônia, a pastagem do gado, dizendo que assim não se teria o incêndio que tivemos.
Jango Goulart tem que visto no contexto histórico que o cercou, como homem de conciliação que sempre foi, representante e sucessor autentico do organizador do estado moderno brasileiro, Getúlio Vargas.
Hoje, o Presidente viola, quas
e que diariamente a Constituição, só não atacando Deus, porque ele está acima de todos, mas o resto, pessoas, instituições e países, são colocados no saco do desprezo, para que sobranceiro se entregue, gratuitamente, à vassalagem da América imperial.
Jango, jovem estanceiro, já era rico quando se aproximou de Getúlio, após sua queda em 1946, visitando-o frequentemente na sua fazendinha, herança familiar, e nunca mais o deixou. Fez-se seu sucessor, fiel à sua Carta Testamento, defensora do desenvolvimento nacional autônomo, que deixada com seu suicídio adiou o golpe à democracia, que viria anos depois, em 1964.
Jango era atacado por um lado pela direita, e de outro pela esquerda, que desejava que ele radicalizasse a luta política. Entre um e outro, ele permaneceu só. E não era de seu temperamento a violência verbal ou politica. Ele não radicalizou quando os golpistas militares de 1961 não queriam sua posse na Presidência, e foram confrontados pela coragem de Leonel Brizola apoiado pelo comandante legalista do 3º Exercito. Ele cedeu, porque era conciliador, aceitando o parlamentarismo.
Mas, em 1964, sabia ele que o Governador Magalhães Pinto, de Minas Gerais, já conseguira apoio militar dos Estados Unidos e navios de guerra já estavam próximos das costas brasileiras. Não quis o derramamento de sangue de brasileiros, nem fazer do Brasil um novo Vietnã. Hoje, o Presidente libera armas que as milícias podem comprar, libera dinheiro aos militares, que assumiram a máquina do Estado, como na Venezuela, ataca instituições, procurando desmoralizá-las, ataca países parceiros, e faz da política externa o lixo da submissão gratuita.
Se antes o desenvolvimento nacional autônomo era a diretriz que conseguiu organizar e fazer crescer o Brasil como nunca, hoje, o desmonte do Estado de bem estar em favor dos princípios neoliberais, que não deram certo em pais algum, oferece ao país essa instabilidade e essa incerteza que esbanja arrogância da estupidez. Aumenta a pobreza, que inspirava a política do trabalhismo de Jango.
A fúria moralista não encontrou em Jango, nem em Brizola, muito menos em Getúlio nenhuma nesga de corrupção. E nenhum deles aproveitou-se do poder do Estado para proteger amigos e familiares, muito menos descaradamente como hoje.